Na noite de quinta, dia 10 de outubro, o programador Daniel Barreto se emocionou ao participar do debate sobre o filme “Arábia” exibido no SINJUSC pelo projeto Sobre Viver, uma iniciativa do Fazendo Escola em parceria com o Laboratório de Sociologia do Trabalho (Lastro) da UFSC. Veja o vídeo do depoimento de Daniel no final do texto.
A emoção veio no momento em que Daniel falou sobre Cristiano, personagem principal do filme que retrata a vida de um “peão de trecho” como é popularmente denominado o trabalhador braçal que vai de cidade em cidade à procura de serviço para sobreviver.
Daniel não conseguiu conter as lágrimas ao lembrar da solidão da estrada e da impotência em relação ao destino de outras pessoas que vivem na mesma situação de trabalho precarizado, pois antes de se mudar para Santa Catarina e se tornar programador, ele também foi “peão de trecho” na Bahia.
SOLIDÃO E TRABALHO REMOTO
Outros participantes do debate registraram que a solidão no trabalho é cada vez mais comum. A massificação das modalidades de trabalho remoto têm isolado as pessoas com prejuízos para a saúde mental e a organização das categorias profissionais. Foi destacada ainda a importância dos Sindicatos na mobilização contra o embrutecimento e a alienação da classe trabalhadora, dois fenômenos que também podem resultar do processo de isolamento.
DEPUTADA LUCIANE CARMINATTI ESTEVE NO SINJUSC PARA A EXIBIÇÃO
A sessão e o debate do dia 10 de outubro contou ainda com a participação da Deputada Estadual Luciane Carminatti (PT) que falou sobre o desamparo da classe trabalhadora em relação a garantias básicas de sobrevivência e dignidade, mas também de como a estética do filme acompanha o duro tema da vida de um peão.
PRÓXIMAS SESSÕES
13/11 – 19h – PEDÁGIO de Carolina Markovicz
04/12 – 19h – MAIS PESADO É O CÉU de Petrus Cariry
Solidão e trabalho remoto!? Psiquiatra e Psicólogo serve pra isso.
É o que acaba acontecendo, João. Mas isso não é bom para a categoria. O ideal seria um ambiente em que as pessoas pudessem desenvolver a função dela sem tanta pressão e cobrança. Um ambiente que estimulasse a produção sem causar tanto estresse emocional e sem fazer com que as pessoas adoeçam. Isso também não é bom para o Tribunal e nem para a população que precisa da Justiça, pois causa muitos afastamentos. Participe da próxima sessão do Sobre Viver no dia 13 de novembro com o filme “Pedágio” e contribua no debate também!
Olha, não conheço nenhum trabalho em que não exista concorrência, pressão e cobrança, a única diferença é a remuneração e a estabilidade. Se um servidor público se sente assim, imagine os da iniciativa privada.
Exatamente Maria, é ainda pior para o pessoal da iniciativa privada!