Para que serve um sindicato

Às vezes parece que a vida é pequena para tantas demandas, né? Mas seria possível fazer uma coisa só? É possível só garantir o sustento da família; é possível somente se preocupar com o cuidado da casa; ou focar na criação dos filhos; somente estudar; privilegiar apenas o lazer; você realmente acha que sim? A vida em sociedade é ampla e complexa, não sendo possível escolher apenas uma atividade.

A organização do SINJUSC passa por esta lógica: precisamos dar conta das nossas demandas internas e, ao mesmo tempo, conectar o sindicato com as pautas atuais da sociedade, pois isso também nos afeta. Não só você, conforme os exemplos acima, mas também o sindicato deve estar conectado com a vida lá fora.

Inclusive, estar atento e debater assuntos que nos rodeiam é ser mais específico nas pautas internas e não menos. Há uma falsa impressão de que falar somente “das nossas pautas” nos aproxima delas, o que é um engano, pois o efeito é justamente o contrário. Como vamos falar de Plano de Cargos, se está em curso a construção da demonização do serviço público?

Nas últimas semanas temos trabalhado muito: reuniões no TJSC, conversas na Alesc com os deputados, articulações com outros sindicatos, reforma da Previdência, plantão, entre outros. Criamos um bom canal de diálogo com a administração do TJSC, que poderá gerar os ganhos esperados para a categoria.

Ainda sobre a reforma da Previdência, foram reuniões com diversas instituições, encontros com deputados e dois dias de mobilização. Podemos incluir aqui toda a demanda organizacional da estrutura do SINJUSC, com reuniões de planejamento, além dos estudos sobre os caminhos para a Quebra do Limitador; Saúde e Tecnologia; Formação e Gestão interna. Sim, o sindicato traz uma gama enorme de demandas e estamos dando conta, mesmo com número reduzido de diretores liberados.

Assim como você (que trabalha, cria seus filhos, cuida dos seus pais, participa na igreja, ampara os vizinhos e amigos e auxilia os familiares), o sindicato, para ser legítimo e realmente conectado com seus filiados, precisa entender a vida de uma maneira mais ampla.

Por isso deve combater a violência contra as mulheres, uma vez que isso pode acontecer na família de muitos dos nossos servidores. Por esse mesmo motivo o sindicato também tem que pensar em saúde, cuidado, arte, lazer e contribuir com a comunidade na qual está inserido – uma dinâmica de vida como a sua, que é o nosso espelho.

Ser solidário, empático, compressivo, acolhedor onera ou impossibilita a capacidade de trabalhar do SINJUSC? A resposta é não. Estatutariamente temos o dever de defender às instituições democráticas e, de maneira ampla, colaborar e defender a solidariedade entre os povos para a concretização da paz e do desenvolvido do mundo (art. 3º, alínea “h”).

O SINJUSC quer ser cada vez maior, grande para acolher os trabalhadores na complexidade da vida cotidiana. É pra isso que serve um sindicato, para pulsar.

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