É campeão! CNJ reconhece o(a) trabalhador(a) do TJSC o mais produtivo do País

O relatório Justiça em Números, lançado segunda-feira (27/08) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é mais do que um complexo documento com dados enviados pelos tribunais de todo o País para justificar a ‘transparência’ do judiciário. Ele é a demonstração real da política de gestão de trabalhadores/as e processos.

O Justiça em Números de 2018, que traz dados de 2017, e mais uma vez, os trabalhadores do Poder Judiciário de Santa Cataria são campeões no índice de produtividade no primeiro e segundo graus na atividade fim (IPS-Jud), entre os tribunais de médios porte. Veja aqui e aqui.

Para o Sindicato, os dados do Conselho Nacional de Justiça, provam que a administração do TJSC pode mais em relação aos/às trabalhadores/as, como, por exemplo, foi tratado aquiaqui, aqui e aqui.

Este resultado é fruto do trabalho dos Agentes em disfunção; dos “segundos assessores” que trabalham nos gabinetes e aguardam a equiparação já aprovada em lei; dos técnicos altamente qualificados em cada vez menor número nos locais de trabalho; dos analistas que perderam as chefias; das assistentes sociais e psicólogas em número reduzido para o tamanho e importância da demanda; dos oficiais de justiça que recebem um número absurdo de mandados mensalmente; dos oficiais da infância que também estão em disfunção.

A produtividade dos/as trabalhadores/as do Poder Judiciário catarinense não é um acaso, conforme verifica o CNJ em outro elemento da pesquisa: o Tribunal de Justiça de Santa Catarina é líder em carga de trabalho por trabalhador/as no primeiro grau entre os tribunais de porte médio. Entre todos os tribunais, ocupa a terceira maior carga de trabalho.

Os/as trabalhadores/as do segundo grau também são contemplados com a segunda maior carga de trabalho entre tribunais de porte médio, e a sexta entre todos os tribunais.

Santa Catarina também é líder em número de casos novos por trabalhador/a no primeiro grau, entre os médios, e ocupa a quarta posição entre todos os tribunais.

A maior carga de trabalho e maior produtividade poderiam ser respostas a alguma condição da relação de trabalho, com o ganho salarial, ou um Plano de Cargos e Salários que evitasse a disfunção, ou um quadro de concursados completo para atender as demandas da sociedade. No entanto, o judiciário de Santa Catarina tem somente a nona melhor remuneração para trabalhadores/as, enquanto que a remuneração de magistrados fica na segunda colocação.

Pela classificação do CNJ, Santa Catarina é considerado o segundo maior tribunal entre os médios, atrás da Bahia, e o sétimo entre todos os tribunais, com São Paulo, Rio de Janeiro, Minhas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul à frente.

Santa Catarina, em 2017, contabilizou despesa de R$ 2.132.567.740, recebeu 803.793 casos novos, e tinha um estoque de 3.247.550 processos pendentes. Naquele ano, atuavam 493 juízes e o Tribunal de Justiça declarou a existência de uma força de trabalho de 12.772 pessoas (concursados, terceirizados, voluntários, comissionados).

A realidade destes números revela aquilo que o SINJUSC afirma há muito tempo: somos todos(as) muito engajados(as) e comprometidos(as) no efetivo cumprimento das atividades do dia a dia nos fórum e Tribunal. Agora, o que falta é o verdadeiro reconhecimento de todos(as) trabalhadores(as).

Juntos somos mais fortes e campões de produtividade!

Um comentário

  1. Considerando a ausência de valorização do TJSC em relação aos servidores, todo dia pergunto por que os servidores ainda trabalham como robôs? Por que não param? Por que agem como se não fossem também operários? Por que não conseguem conversar sobre esses assuntos? A questão é um estudo de caso para Sociologia ou para a Psicologia? Talvez ambos.

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