SINJUSC e Fenajud fazem campanha nas redes contra os assédios moral e sexual

O SINJUSC, a Fenajud e demais sindicatos filiados à Federação, deram início a uma série de postagens nas redes sociais com relatos reais e anônimos, provenientes de diferentes partes do país. A ideia é abordar a relação que existe entre ambiente/rotina de trabalho e a saúde da categoria. O tema principal da campanha é o assédio moral que muitas vezes é ignorado pelas administrações dos tribunais estaduais em todo o país.

Você sabe o que é o assédio moral? No site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), assédio moral é “toda conduta abusiva, a exemplo de gestos, palavras e atitudes que se repitam de forma sistemática, atingindo a dignidade ou integridade psíquica ou física de um trabalhador”.

Exemplos:

  • Contestar ou criticar constantemente o trabalho da pessoa
  • Sobrecarregá-la com novas tarefas ou deixá-la propositalmente no ócio, provocando a sensação de inutilidade e incompetência
  • Ignorar deliberadamente a presença da vítima
  • Divulgar boatos ofensivos sobre a sua pessoa
  • Dirigir-se a ela aos gritos
  • Ameaçar sua integridade física

Consequências que o assédio moral pode trazer:

  • Diminuição da autoestima do servidor
  • Desmotivação
  • Produtividade reduzida
  • Rotatividade de pessoal
  • Aumento de erros e acidentes
  • Absenteísmo
  • Licenças médicas frequentes
  • Exposição negativa do nome do órgão ou instituição.

A invisibilidade dessas situações alimenta um círculo vicioso que fazem com que o assédio moral cresça cada vez mais nos ambientes de trabalho, poe isso é importante direcionar a atenção para a necessidade de ações preventivas, acolhimento e responsabilização, visando evitar a perda de vitalidade e capacidade produtiva de profissionais dos judiciários estaduais do Brasil.

DENÚNCIA

Os assédios moral e sexual, que ferem o princípio da dignidade humana, têm crescido no Brasil e afetado a saúde física e mental de milhares de trabalhadores. Apesar do medo de se expor e de represálias, há registros do aumento de denúncias nos órgãos e na Justiça. Com isso, a Fenajud orienta que é preciso denunciar esses casos, e o sindicato da sua categoria, no seu estado, é um dos primeiros locais onde a trabalhadora ou o trabalhador assediado deve pedir orientações. Lá é possível encontrar apoio, conforto e orientações de como agir para acabar com esse sofrimento e punir os culpados.

A SÉRIE

A série, ao expor essas experiências, busca catalisar mudanças significativas no tratamento das servidoras e dos servidores da justiça, destacando que sua saúde e bem-estar são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.

Assim, a cada semana a Fenajud e o Sindicato lançarão luz sobre histórias reais que evidenciam a importância de uma abordagem ética, consistente e responsável na promoção do bem-estar no ambiente de trabalho.

Os relatos, dos mais variados assuntos dentro do espectro de saúde, são gravados por membros da coordenação da Fenajud e serão divulgados semanalmente, expondo narrativas impactantes que revelam as adversidades enfrentadas por servidores e servidoras.

VOCÊ JÁ CONHECE O PROTOCOLO DO SINJUSC?

Por meio do relato de assédio ou violência moral que a trabalhadora ou o trabalhador do judiciário catarinense faz no site do SINJUSC, existem três possibilidades concomitantes de encaminhamentos: psicológico, político e jurídico.

Mas antes, Mateus ampara as vítimas por meio de uma escuta livre com o objetivo de transformar a angústia em demandas concretas e eminentemente políticas. Em seguida, o psicólogo debate o caso com o setor jurídico e com a diretoria do Sindicato para avaliar os melhores encaminhamentos.

Prioritariamente, busca-se resolver a questão pela via política, por meio do diálogo entre a diretoria do SINJUSC e a administração do TJSC ou mesmo do contato direto feito por Mateus com a Diretoria de Saúde do Tribunal.

Ao mesmo tempo, advogadas e advogados do SINJUSC avaliam a possibilidade de ingresso de ações jurídicas para resolver a questão que só são encaminhadas mediante autorização da vítima.

Em paralelo e no caso do psicólogo do Sindicato perceber que a vítima tem necessidade de buscar acompanhamento terapêutico, um outro profissional competente é indicado caso o paciente não conheça ou não queira procurar atendimento por si mesmo.

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