SINJUSC demanda TJSC e reforça preocupação com aumento de casos de violência moral

Durante todo o ano de 2021, o SINJUSC viu o número de casos de  violência moral aumentar. O Sindicato mantém um canal exclusivo para receber relatos, com o devido encaminhamento jurídico e ou psicológico. Preocupado com a situação, buscou a Diretoria de Saúde para diálogo.

Embora aberto a pensar estratégias de combate ao assédio com a institucionalização das comissões de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e do Assédio Sexual (CPEAMAS) – pauta e luta do SINJUSC, na prática, a Administração do Tribunal ainda foca na individualização do problema.

Isso significa que, o Tribunal como um gestor do Estado, se exime de sua responsabilidade em relação às violências praticadas no ambiente laboral, tentando minimizar os efeitos do problema culpabilizando o indivíduo que pratica o assédio moral. Quando deveria rever toda a sua pratica de metas (inatingíveis), que incentivam a competitividade entre os servidores, aumento de demandas x falta de reposição de servidores, incentivo compulsório à criatividade para resolver problemas que são do tribunal (em alusão às medidas que tribunal “recomendou” às servidores mães durante a pandemia, enquanto as escolas estavam fechadas), entre vários outros exemplos.

“Assédios, violências, saúde e cuidado” é tema do segundo painel do Seminário internacional

“Esse aumento de casos de assédio são reflexos do aumento da demanda de trabalho, da diminuição do número de servidores e da aplicação de metas inalcançáveis, fazendo com que os servidores trabalhem a mais, além das suas possibilidades, gerando processos de adoecimento mental. Por isso, no nosso diálogo com a diretora de saúde fundamentamos esse fenômeno, relacionado com os afastamentos e cobrando novas práticas gestão coletiva”, explica a diretora do SINJUSC, Carolina Costa.

A direção reforçou que ao dar autonomia aos gestores, a administração abre mão da sua responsabilidade enquanto um poder de Estado, que deve zelar pela saúde da sua mão de obra.

Uma constatação da ausência de responsabilidade, são os destaques dados às matérias do site do Tribunal sobre os recordes de produção, divulgadas quase mensalmente. O destaque é mercantil, o servidor é lembrando quando produz (isso quando é citado na matéria, geralmente são os magistrados), mas quando é adoece pela sobrecarga, sobre revitimização (mais perseguição e descrédito do seu adoecimento mental).

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FUTURO DO TRABALHO|

O SINJUSC acredita que o avanço tecnológico e o aprimoramento das ferramentas de comunicação devem auxiliar na melhoria das relações de trabalho e trazer maior efetividade e não maior desgaste psicológico decorrente do trabalho. Por isso, além do trabalho de combate e acolhimento, também fomenta a formação e o debate sobre o futuro do trabalho.  O assunto ganhou contornos internacionais com a realização do Seminário “O futuro do trabalho: perspectivas latino-americanas”, uma parceria do Fazendo Escola com o Laboratório de Sociologia do Trabalho (LASTRO),  vinculo à UFSC. O Evento segue até 27 de novembro e é gratuito. Veja programação completa aqui.

PESQUISA DE SAÚDE

Também para municiar as pratica sindicais, o SINJUSC lançou na semana passada uma nova pesquisa de saúde com foco nos impactos psicossociais do trabalho não-presencial na saúde mental dos servidores. A pesquisa ficará disponível até 25 de novembro e pode ser respondida por TODAS e TODOS AQUI NESTE LINK. Vale destacar que as respostas serão enviados diretamente para o banco de dados do NEPPOT da UFSC, garantindo, assim, o sigilo e anonimato dos participantes.

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