SINJUSC amplia participação no debate sobre saúde mental e tecnologias na UFSC, CNJ e TJSC

O SINJUSC vem pautando o trabalho com a saúde mental dos servidores em todos os campos de atuação, além de conquistar e garantir espaço de discussão do tema dentro da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Tribunal de Justiça e Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Na última semana a pauta foi ampliada com a participação dos diretores Neto Puerta e Carolina Costa Rodrigues no VII Seminário Catarinense de Prevenção ao Assédio Moral no Trabalho e III Congresso sobre Riscos Psicossociais e Saúde nas Organizações e no Trabalho, organizado pelo  Núcleo de Estudos de Processos Psicossociais e Saúde nas Organizações e no Trabalho do Departamento de Psicologia da UFSC.

Neto e Carol tiveram artigo aprovado para o evento. O presidente Neto apresentou o trabalho sobre como o SINJUSC atua no enfrentamento ao assédio moral no judiciário catarinense, passando pelo protocolo humanizado de acolhimento e diálogo, sempre pautado pela coletividade. Neto destacou a importância da formação e conscientização com os trabalhadores e da vigilância de nunca tratar a violência moral como um problema individual. Há cerca de 2 anos o Sindicato desenvolveu um trabalho pioneiro de atendimento a servidores vítimas de assédio no trabalho. Acesse aqui o link e informe-se.

Veja aqui a apresentação do artigo feito pelo Presidente Neto

A diretora Carolina Costa Rodrigues também teve espaço de fala, mas em outra mesa virtual; ela debateu os riscos psicossociais do teletrabalho, com importantes reflexões, mas não novas, pois o SINJUSC vem alertando sobre os impactos do teletrabalho há certo tempo. Rodrigues sublinhou que é temerário apontar o trabalho remoto como um resguardor de benefícios. É preciso analisar toda da cadeia do trabalho que acontece em casa, do aumento da jornada, do direito ao desligamento, custos antes de responsabilidade do tribunal, distância do senso de coletividade, entre outros apontamentos.

Veja aqui a participação da Diretora Carolina no Seminário da UFSC

PESQUISA APONTA IMPACTOS DO HOME OFFICE NO TJSC|

Os apontamentos convergem aos resultados parciais da pesquisa que o SINJUSC desenvolveu recentemente, também em parceria com a UFSC, para investigar os impactos psicossociais do trabalho não presencial na saúde mental dos servidores. Os dados tabulados mostraram as principais dificuldades enfrentadas pelos respondentes:

Baixa interação com colegas de trabalho

Sobrecarga de trabalho e pressão por produtividade

Dificuldades com a organização do espaço e do tempo

Dificuldades com a organização do espaço e do tempo

 Falta de equipamentos adequado.

A análise aponta ainda que há diversos aspectos negativos, que foram os mais frequentemente citados pelos participantes, os quais se relacionam principalmente à decorrências do isolamento, falta de conhecimento ou acesso às tecnologias e ferramentas de trabalho, dificuldades na autogestão ou modelo de gestão das chefias.

A presente pesquisa ainda está em análise dos dados e novas etapas serão feitas, agora na segunda fase, qualitativa, com a organização de grupos focais com a realização de pesquisas por meio de interações grupais.

CADEIRA NO CNJ|

A Diretoria Carolina Costa além de participar da construção da pesquisa e ter relação com a UFSC, também gesta cadeira no Comitê de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e do Assédio Sexual e da Discriminação no Poder Judiciário do CNJ. Carolina é a única sindicalista participante do comitê.

O comitê tem duração de dois anos e conta com a participação de 15 membros – entre eles, três representantes de servidores. A primeira reunião do grupo no dia 23 de março, de forma virtual.

SINJUSC TAMBÉM TEM REPRESENTANTES NO COMITÊ DO TJSC|

O SINJUSC também tem articulação nas Comissões de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e do Assédio Sexual – (CPEAMAS) do 1º e 2º Graus, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Quem compõe o grupo são as servidoras Soraia Joselita Depin, Ellen Caroline Pereira, Ivone Ester Vidal Borges e Michelle de Souza Gomes Hugill. As trabalhadores integram também os Coletivos Negros e Negras do Judiciário e Valente; ambos instituídos pelo SINJUSC.

RODA DE CONVERSA SOBRE SAÚDE MENTAL|

Para ampliar o enfrentamento à violência moral, o SINJUSC lançou no final de março, o projeto Roda de Conversas Integrativas. O primeiro encontro aconteceu no dia 29 de março e, o próximo, será em 20 de abril. O objetivo é criar um espaço de acolhimento para o enfrentamento das questões que têm trazido o sofrimento mental no trabalho e relacionado a ele. Para participar da reunião do dia 20/04, faça sua inscrição AQUI. Tudo de forma sigilosa e gratuita para servidores filiados.

PROTOCOLO HUMANIZADO DE ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE ASSÉDIO|

Preocupado com a crescente demanda de assédio laboral e da dificuldade dos servidores encontrarem espaços seguro de acolhimento e denúncia, o SINJUSC aprimorou os instrumentos que já possuía de combate à violência moral e instituiu um Protocolo Humanizado de Atendimento online. Funciona assim, o servidor que se sente vítima de assédio dentro do Tribunal, pode procurar o sindicato por meio de formulário eletrônico e relatar o seu caso. Com as informações em mãos, os departamentos jurídico e de psicologia do SINJUSC analisam o caso e fazem os atendimentos necessários.

Precisa de ajuda? Entre em contato, faça seu relato e iremos prestar todo o apoio necessário. ENTRE AQUI EM CONTATO|

 SINJUSC EXPANDE REPRESENTAÇÃO E AMPLIA DEFESA DOS SERVIDORES|

Todo esse trabalho de construção em torno da pauta saúde mental chancela a importância que o SINJUSC certifica à pauta. Há muita luta por melhores condições de salário, sim, mas o SINJUSC também se desdobra pela saúde do servidor. Não há como pensar o melhores condições de trabalho e o próprio futuro do trabalho, sem discutir em quais condições isso irá acontecer. Por isso, há investimento em pesquisa e formação.

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