Com auditório lotado, sede do SINJUSC recebe espectadoras e expectadores para exibição do longa brasileiro "Marte Um"

Segunda temporada do Sobre Viver reúne mais de 100 espectadores na estreia

A exibição do filme “Marte Um” marcou a estreia da segunda temporada do Cine Debate Sobre Viver e reuniu pelo menos 115 pessoas, cerca de 80 presencialmente e 35 virtualmente, com direito a pipoca, refrigerante e um debate sobre a realidade de uma família simples que vive na periferia e passa por dilemas cotidianos como sexualidade, saúde mental, transferência de sonhos e sonhos “impossíveis”.

A segunda estreia da noite ficou por conta da reinauguração do auditório do SINJUSC que passou por reforma recente. Estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) das comunidades da Tapera e do Morro das Pedras, ambas em Floripa, participaram da exibição e vão utilizar o filme para desenvolver atividades em aula.

A entrada da sede do Sindicato ficou com cara de cinema, além das placas e avisos luminosos, da pipoqueira e da cortina de tecidos coloridos, a mascote do Sobre Viver, apelidada de Maria Eugênia, recebeu cada uma das convidadas e cada um dos convidados na bilheteria livre do cinema do SINJUSC.

O segundo filme desta temporada, “A Febre” da diretora Maya Da-Rin, é exibido no próximo dia 27 de setembro, às 19h, presencialmente no SINJUSC e virtualmente pelo Google Meet. Fique atento à divulgação do link de inscrições aqui pelo site do SINJUSC e garanta o seu bilhete, é grátis.

O Cine Debate Sobre Viver é uma iniciativa do Centro de Estudos Fazendo Escola em parceria com o Laboratório de Sociologia do Trabalho da UFSC (Lastro) financiada por emenda parlamentar do Deputado Estadual Pedro Uczai (PT). Além do SINJUSC, o Fazendo Escola reúne o Sintrajusc, o Simpe-SC, o Sindijus-RS, o Sindjus-PR e o Sindjud-PE

MARTE UM: SONHAR E REALIZAR SONHOS

“A gente dá um jeito filho”. Uma das últimas frases do filme que é dirigido e roteirizado pelo cineasta negro Gabriel Martins, resume a perspectiva de luta de uma família negra de trabalhadores da periferia de uma grande cidade brasileira em relação à vida.

No debate que se seguiu à exibição do filme, destacou-se a importância do olhar do diretor, diferente daquilo que se costuma ver na tela por meio de uma cinematografia que geralmente traz uma perspectiva branca. Falou-se ainda do uso dos sonhos e das expectativas como combustível para transformar a realidade que oprime a classe.

Outra questão abordada no debate, foi o papel da mãe da família Martins e a posição ocupada pelas mulheres na sociedade. Observou-se que Tércia, interpretada pela atriz Rejane Faria, apesar da preocupação com os destinos de cada membro da família, também tem os próprios dilemas dela e depois de encará-los, consegue finalmente descansar das múltiplas jornadas.

O longa “Marte Um” recebeu oito troféus do 23º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro realizado pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais na quarta, 23 de agosto: Melhor Longa-Metragem de Ficção, Direção, Roteiro, Ator (Carlos Francisco), Ator Coadjuvante (Cícero Lucas), Fotografia, Som e Montagem.

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