Pessoal da comarca de Anchieta "fazendo o T" na visita da diretoria na quinta, dia 3 de outubro.

Regulamentar funções de cada plantonista e recuperar direitos de aposentados

O plantão regionalizado e a retirada dos direitos de aposentadas, aposentados e pensionistas foram os temas mais abordados por colegas nas visitas que a diretora do SINJUSC, Ângela Daltoé Tregnago, fez essa semana às comarcas de São José do Cedro, Dionísio Cerqueira, São Lourenço, Campo Erê e Anchieta. Nas visitas às últimas três comarcas, Ângela contou com a companhia da colega de diretoria Shirlei Daltoé Berger e da aposentada Janete Tregnago.

Dentre todos os problemas apresentados pelo atual modelo, as trabalhadoras e os trabalhadores das comarcas do oeste do Estado destacaram a ausência de uma norma que regulamente a divisão das funções que cabe a cada plantonista. É muito comum a maior parte do trabalho recair sobre apenas uma das pessoas escaladas.

A questão já foi apresentada pela diretoria do SINJUSC na Mesa Permanente de Negociação e nas reuniões na Secretaria de Gestão do Plantão Regionalizado (SGPJ). De acordo com Jean Carlos Rosa da SGPJ, o estabelecimento desses critérios é difícil por causa das diferentes realidades e dinâmicas de trabalho das comarcas.

Para a diretoria do SINJUSC essa divisão é possível por meio de critérios gerais que não retirariam a autonomia da comarca ou do(a) magistrado(a) responsável. Uma sugestão que foi ventilada durante as reuniões foi uma pessoa ficar responsável pelos atendimentos e expedientes externos, enquanto a outra se ocupa das questões referentes às audiências de custódia.

REFORMAS DA PREVIDÊNCIA DIVIDIRAM A CATEGORIA

Já em relação a divisão que sucessivas reformas previdenciárias causaram na categoria ao distinguir aposentadas, aposentados e pensionistas do pessoal que ainda está em exercício da função no Tribunal, mas também segmentando quem já se aposentou entre “com e sem paridade”. A última reforma do governador Jorginho operou mais uma divisão com a criação de um outro fundo previdenciário para quem ingressar no serviço público a partir de 2024, o chamado SC Futuro.

As reformas da previdência prejudicam a categoria duas vezes, primeiro pela retirada direta do direito, mas também pelas divisões que multiplicam as demandas e atrapalham o avanço de pautas fundamentais como a reestruturação da tabela de vencimentos. Até o ganho real já não atinge mais a categoria como um todo, deixando de fora quem se aposentou sem paridade.

Para Ângela “só será possível recuperar os direitos previdenciários que foram perdidos nos últimos anos e reunificar a categoria com mobilização conjunta das trabalhadoras e dos trabalhadores do setor em Santa Catarina e no Brasil como um todo. Temos feito esse esforço por meio do Fórum Catarinense de Defesa do Serviço Público e da Frente do Serviço Público no Congresso Nacional e precisamos intensificar essas mobilizações”.

8 comentários

  1. sim…os.aposentados.devem.ser.sempre.prioridade…pois.todos.um.dia.iremos.nos.aposentar…entao.é.imprescindivel.lutar.hoje.para.recuperar.os.direitos.tirados.de.forma.vergonhosa.enquanto.privados.usam.o.Estado.em.beneficio.proprio……a.lei.de.aposentados.deveria.ser.unica.e.constitucional..como.era.antes…jamais.deixar.para.niveis.inferioes…estadual..municpal…decidir.sobre.isso……a.começar.pelo.fim.do.aumento.,da.base.de.calculo.que.a.aumentou.a.partir.de.01.salario.minimo……

  2. Bom dia pessoal, foram publicadas alterações na resolução do plantão, incluindo um plantonista na Comarca Sede, contudo não está claro o que cada plantonista irá fazer. Esses dois plantonista da sede vão fazer o que? Vão cuidar de toda a parte da audiência, lançar os dados no BNMP e coletar as digitais? Ou vai ficar a cargo do primeiro plantonista? Que já está sobrecarregado.

  3. Sinjusc, o foco agora não deveria ser a nova tabela de vencimentos? vejo que nas últimas postagens o sindicato não falou mais dela…. o assunto ficou esquecido?

    • A reestruturação da tabela de vencimentos é o foco do SINJUSC neste momento com a campanha “Faz o T”, visitas às comarcas, mesa de negociação e indicativo de assembleia neste mês de outubro. Mas não dá para esquecer de outras questões importantes, ainda mais daquelas que tem forte impacto negativo sobre a saúde da categoria como é o caso da regionalização, Ana Maria! Não esqueça de trocar a sua foto do Whats, Insta, Face, Teams e etc por outra imagem sua fazendo o T! Vamos à luta!

  4. Me parece que o TJ está fugindo de uma mesa de negociação… pra não ter que tocar no assunto da reestruturação da tabela.
    Se assim realmente estiver acontecendo, e se até o final deste mês o TJ não apresentar ao Sindicato a sua contraproposta, ou qualquer proposta que seja, creio que seja o caso de se pensar na possibilidade de articular-se uma GREVE pela reestruturação da tabela, pois talvez seja o único caminho para uma negociação com o TJ.

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