Reforma pode sobretaxar aposentados em 370%

Ato presencial realizado na segunda (19/07) em frente à Alesc reuniu cerca de 300 manifestantes que acompanharam as falas dos representantes sindicais na audiência pública por um telão instalado na Praça Tancredo Neves e fecharam a Rua Dr. Álvaro Milen da Silveira durante cerca de duas horas.

Enquanto ocupavam a rua, os servidores se revezaram em falas contra a reforma que penaliza principalmente aqueles que já se aposentaram ou são pensionistas com um aumento de 370% na contribuição previdenciária. Ao final do ato, já em frente ao Palácio Barriga Verde, os parlamentares Ivan Naatz (PL) e Luciane Carminatti (PT) se comprometeram com os servidores.

Para o Presidente do SINJUSC, Neto Puerta, “o papel dos trabalhadores é pressionar, seja em atos presenciais, tomando todos os cuidados, seja por meio das redes, enviando mensagens aos deputados e às deputadas. As eleições parlamentares são ano que vem e quem votar a favor dessa reforma perversa não vai se reeleger.”

PARLAMENTARES ADOTAM ESTRATÉGIAS DIFERENTES

A deputada estadual Luciane Carminatti (PT) disse ao final do ato em frente à Alesc, que vai apresentar emendas aos projetos que compõem a reforma da previdência para tentar minimizar os prejuízos causados aos servidores. Luciane avalia que não há correlação de forças na Alesc para derrubar o projeto integralmente.

Já o deputado Ivan Naatz (PL), pretende reapresentar o primeiro projeto de reforma que circulou pela Alesc no início do mandato do governador Carlos Moisés, bem menos agressivo aos trabalhadores, em substituição a esse que está sendo discutido.

SERVIDORES NÃO VÃO PAGAR ROMBO DAS ISENÇÕES FISCAIS

Os manifestantes deixaram claro ainda que os servidores não estão dispostos a pagar pelo rombo das isenções fiscais oferecidas pelo Governo do Estado de SC ao empresariado ligado à Fiesc, à Facisc e ao FCDL/SC.

Só em 2020, o governador Carlos Moisés abriu mão de arrecadar R$ 7,5 bilhões em isenções fiscais que também beneficiaram integrantes dessas entidades. Como outros R$ 14 bilhões estão previstos até o fim de 2022, muitos trabalhadores estão convencidos de que o Governo do Estado quer economizar com a previdência dos servidores para cobrir o rombo das isenções.

3 comentários

  1. Até quando esses deputados, ditos progressistas, pensarão assim: “A deputada estadual Luciane Carminatti (PT) disse ao final do ato em frente à Alesc, que vai apresentar emendas aos projetos que compõem a reforma da previdência para tentar minimizar os prejuízos causados aos servidores. Luciane avalia que não há correlação de forças na Alesc para derrubar o projeto integralmente”.

    Se não há “correlação de forças” é porque eles NUNCA dizem o que o povo espera que digam: que o sistema é podre. Oras, porque não disse que a reforma é um ROUBO? Acaso à tornaria menos “degustável” aos seus pares e aos patrões? E se fosse, há algum receio?

    Os parlamentares que pretendem ser porta vozes dos trabalhadores devem dizer aquilo que o trabalhador gostaria de dizer na “lata dos patrões”, sem qualquer receio. Além disso, deveriam atuar em consequência, de tal forma que não seja discurso vazio.

    Acaso os parlamentares dos patrões não atendem ao chamado de seus DONOS?

    Se não há parlamentares à altura do desafio, então que os trabalhadores sigam em frente sem eles. Criemos a “correlação de forças”, mas sem os políticos covardes. GREVE!

  2. Uma reforma desse tipo ultrapassa a razão, o ridículo e o abominável. O Deputado que concordar com este CRIME deve responder por tentativa de homicídio coletivo contra os aposentados.

  3. Concordo com o comentário desse servidor, para quê temos representantes se quando mais precisamos de apoio eles não nos representam?
    É lamentável que no final de nossas vidas, como aposentados, depois de uma vida inteira de lutas, e diante das dificuldades que o atual contexto nos impõe, tenhamos nossos salários achatados por uma taxação abusiva imposta por esse governo injusto e incompetente. 😡

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