A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud) mobiliza os sindicatos filiados e seus trabalhadores para impedir a aprovação da proposta de reforma da Previdência no Congresso Nacional. “Convocamos trabalhadores e trabalhadoras de todo o País para ir a Brasília dias 19 e 20 de fevereiro, se manifestar publicamente e buscar o voto contra dos deputados”, disse o coordenador geral da Federação José Roberto Pereira, do Paraná.
A reforma da Previdência deve estar na pauta da Câmara dos Deputados federais no dia 20 de fevereiro, conforme vem apontando a presidência da Casa e o governo. Por conta deste calendário, caravanas de todo o País, de trabalhadores das cidades e do campo, e desempregados, se organizam para um grande ato no dia anterior. Ele também enfatizou que a Federação “convoca todos e todas que não conseguirão ir a Brasília para que, na frente dos seus locais de trabalho, Tribunais de justiça e fóruns, e na frente das Assembleias Legislativas, realizem manifestações contra a proposta do governo Temer de acabar com a Previdência pública”.
Para o coordenador da Fenajud, a agenda do governo Temer é contra o povo, e suas principais ações até agora visam colocar o País subordinado ao mercado. A venda do pré-sal, a maior desvinculação de receitas da União, a reforma trabalhista, o engessamento dos investimentos públicos por 20 anos ou mais e agora a proposta de mudança radical na previdência social atinge os mais pobres e o desenvolvimento nacional.
“Como se não bastasse todo o conteúdo do saco de maldades de Temer, ele ainda usa os trabalhadores públicos como motivo para a reforma da Previdência”, disse José Roberto. “Para o governo, nós do serviço público somos privilegiados e com uma propaganda mentirosa e enganosa, joga toda a população brasileira contra quem é funcionário público. É dever do trabalhador público desmentir o governo, ir para a rua, se manifestar, falar com a população e mostrar os reais interesses desse governo com suas medidas antinacionais“.