Quase 80% da categoria sente-se insegura de voltar ao trabalho presencial

A pesquisa sobre home office/teletrabalho que fizemos com a categoria revelou que 77% dos respondentes não sentem segurança em voltar ao trabalho presencial. Apenas 10% responderam se sentir seguros em retornar, enquanto 13% responderam que “talvez”. Participaram da pesquisa 1.230 servidores e os dados foram fundamentados na pauta da categoria entregue essa semana à administração do TJSC (leia aqui).

A pesquisa foi lançada antes do anúncio da prorrogação do home office até 14/06, revelando também que o clima de insegurança está relacionado a forma como a administração do TJSC tem lidado com a questão do retorno ao trabalho presencial.

Isso reforça a necessidade do Tribunal efetivamente expor quais medidas está tomando para garantir a segurança dos seus trabalhadores e da população. Lembrando que compra de álcool gel, máscaras (de acrílico ou tecido) e fita adesiva de demarcação não se pode considerar um plano de retorno. Tampouco repassar a responsabilidade (e a criatividade de resolver) aos gestores das unidades. Não se pode aceitar espontaneísmo em uma estrutura de Poder do Estado.

A insegurança se soma a recente Resolução n. 322/2020 publicada na segunda-feira (01/06), pelo Conselho Nacional de Justiça, que autoriza o retorno gradual a partir do dia 15 de junho nos Tribunais. A medida estabelece alguns critérios de biossegurança, no entanto, não há até o momento a apresentação de nenhum plano de retorno concreto por parte do TJSC, reorganizando e estruturando os locais de trabalho.Defendemos que a organização tenha participação das Diretorias de Saúde, Tecnologia, Engenharia, Arquitetura e Infraestrutura.

As medidas de segurança sanitária devem ser adotadas antes de qualquer tipo de retorno, local por local, individualmente. Compete ao TJSC mover-se enquanto Poder de Estado para proporcionar a todos que nele trabalham um ambiente seguro e livre de qualquer contaminação. Retornar sem as condições adequadas é colocar em risco a saúde dos trabalhadores e das demais pessoas que utilizam os serviços – situação com a qual este sindicato não pode compactuar.

Além disso, muitos servidores ainda não se vacinaram contra a gripe. As clinicas conveniadas ao TJ têm estoque baixo a ofertar via convênio. Embora a vacina não proteja do coronavírus, ela ajuda a diminuir quadros infecciosos e a hospitalização. Por isso, também reivindicamos a vacinação de todos; conseguimos a prorrogação da campanha, mas isso ainda não é suficiente.

Prorrogar o home office é necessário, ainda mais com os números crescentes relativos à pandemia, contudo, ao mesmo tempo mostra-se necessário formular e efetivar medidas nas dependências dos fóruns para que no momento do retorno, que não pode ser neste mês de junho, o ambiente de trabalho seja, de fato, seguro.

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