Dona Terezinha de Almeida, 64 anos, é aposentada da Saúde Pública Estadual desde 2016 e mora em Joaçaba no Oeste Catarinense. Terezinha e a filha, Carine Goulart, 30 anos, percorreram mais de 400 quilômetros até a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), em Florianópolis, para pedir às deputadas e aos deputados estaduais que revoguem a cobrança dos 14% para aposentados e pensionistas que, como ela, ganham abaixo do teto do INSS.
Na noite desta terça (11/04), durante o Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público e das Empresas Públicas, a aposentada disse ao Deputado Estadual Fabiano da Luz (PT) que com a última Reforma da Previdência, ela passou a ser descontada em quase R$ 700 por mês e que esse dinheiro faz muita falta na hora de comprar os remédios que Carine precisa tomar por causa de problemas de saúde associados à Síndrome de Down.
O caso de Terezinha é um entre milhares de situações enfrentadas pela parcela de aposentados e pensionistas do IPREV-SC que ganha menos, por isso que a retomada da cobrança do desconto de 14% apenas sobre a parcela dos benefícios que ultrapassam o teto do INSS já tem o apoio de pelo menos 13 dos 40 parlamentares da Alesc e é o primeiro desafio da recém lançada Frente Parlamentar.
FÓRUM PROTAGONIZA LANÇAMENTO DA FRENTE PARLAMENTAR
Dirigentes de mais de 20 sindicatos e entidades que representam as trabalhadoras e os trabalhadores das empresas e dos serviços públicos municipais, estaduais e federais em Santa Catarina responderam ao chamado do Fórum Catarinense de Defesa do Serviço Público, coorganizador do evento, e lotaram o Plenarinho da Assembleia durante o Lançamento.
Além do proponente da Frente, Fabiano da Luz, a deputada Luciane Carminatti (PT), o deputado Marquito (PSOL) e a presidenta da Confetam-CUT e coordenadora do Fórum Catarinense, Jucélia Vargas, formaram a mesa de abertura do Lançamento.
Antes dos pronunciamentos das entidades e dos mandatos, a economista do DIEESE, Tamara Siemann Lopes, apresentou a síntese do Atlas do Serviço Público em Santa Catarina, elaborado em 2021 para denunciar alguns mitos, como o “inchaço da máquina pública”, “os privilégios dos servidores” e o “Estado quebrado”.
REVOGAÇÃO É O PRIMEIRO, MAS NÃO É O ÚNICO COMPROMISSO DA FRENTE
Agora, a Frente Parlamentar terá uma primeira reunião de planejamento no início de maio, pois apesar da coleta de assinaturas pelo Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) e dos diálogos com os parlamentares pela revogação continuarem acontecendo, é preciso organizar outras pautas como a regulamentação da data-base no serviço público, a chamada “Reforma Administrativa” do governador Jorginho e a revisão das isenções fiscais do Governo do Estado, entre outras.
Revogação dos 14% do IPREV já!! Assim como dona Terezinha, tem muitos aposentados e Pensionistas nessa situação. Falta comida na mesa e remédios para saúde e qualidade de vida.
varios Estados ja revogaram esse nefasto desconto dos aposentados….porque SC nao pode fazer tambem…..que vergonha……..luta total pela revogação do desconto imoral contra os aposentados….
Porque somente pessoas da esquerda fazendo parte da mesa? Onde está a democracia que tanto falam?
Todos os deputados e as deputadas da Alesc foram convidados pessoalmente pelos dirigentes que fazem parte do Fórum para participar, mas só compareceram os que estão na mesa na foto. Contudo, a revogação já é apoiada, por exemplo, pelos deputados Ivan Naatz (PL), Lucas Neves (PODEMOS), Marcius Machado (PL), Marcos Rosa (UNIÃO BRASIL), Napoleão Bernardes (PSD), Rodrigo Minotto (PDT), Repórter Sérgio Guimarães (UNIÃO BRASIL) e Sergio Motta (REPUBLICANOS).
Na campanha eleitoral, O governador eleito Jorginho Melo premeteu que se fosse eleito revogaria a cobrança dos 14 % dos aposentados. Depois que ganhou a eleição esta calado igual pinto embaixo das asas da galinha. Esperamos que o mesmo se explique.
Sou funcionária da saúde desde 1979 atualmente aposentada desde 2016 nois aposentados (as) e pensionista apelamos aos Governador q seja excluído esse desconto da nossa folha de pgto.nao estamos mais aguentando isso .mito obrigada .
Como fica o rombo de 5 bilhoes ao ano no regime previdenciario de SC ?
Basta reduzir um pouco do rombo, só em 2023, de mais de 20 bilhões em isenções fiscais oferecidas para empresários que já são bilionários ficarem ainda mais ricos às custas do contribuinte.
O governador prometeu excluir esse desconto abusivo. O governador Moisés perdeu as eleições porquê traiu?os servidores estaduais. Agora vai acontecer o mesmo. Cada servidor estadual tem uma família que é muito grande e unida. Fica ligado governador.