Previdência: Governo finge diálogo, mantém militares fora e ataca servidores

Em reunião fajuta, o governo de Santa Catarina, novamente, demonstra que não governa para a população. Em defesa dos militares (que estão fora do projeto da reforma da previdência em Santa Catarina) e com total desprezo ao serviço e servidores públicos, os representantes de Carlos Móises, em reunião realizada hoje (28/06), apenas cumpriram protocolo de agenda e negaram qualquer tipo de debate, afirmando que o projeto será, sim, apresentado hoje à Alesc.

A reunião foi tensionada com discursos contra os servidores públicos, mas o Fórum dos Servidores Públicos não recuou, reafirmando o enfrentamento na Alesc e negando qualquer tipo de acordo, no momento. A luta é pela derrubada total do projeto, como feito em 2019, quando a luta dos servidores enterrou a primeira proposta.

Para o SINJUSC, o Governo demonstra total desprezo ao serviço público e a resolução de problemas, que visam a melhoria do acesso à população. Em 2015, a previdência dos servidores estaduais foi reformada e atualmente, todos pagam 14% de alíquota previdenciária, menos os militares, eles pagam 10,5%. O projeto foi defendido como o único possível de resolver o “problema do déficit”, mas a incompetência dos sucessivos governadores é notória. Então, a julgar pela continuidade dos erros, a cada 5 anos, a previdência será reformada? Para quê? Quem lucra com isso?

E aqui, também cabe um amplo debate, que o SINJUSC vem denunciando, sobre a transparência dos dados apresentados pelo governo. Isto é, no cálculo apresentado do déficit da previdência, na avaliação atuarial 2019, o governo usou como base a taxa real de juros de 0%. Em contrapartida existe uma portaria do Ministério da Fazenda nº 464 de 2018 onde diz que a taxa real de juros para fazer Avaliação Atuarial deve ser de 4%. Isso significa que utilizando a taxa 0% se superestima a questão do déficit. Leia mais sobre aqui.

Para encaminhar e unificar as mobilizações, na quinta-feira (01/07), às 14h, as lideranças sindicais se reúnem em plenária estadual para organizar as próximas ações. Portanto, servidores fiquem atentos aos chamados do SINJUSC para o enfretamento.

Compõem o Fórum dos Servidores em Santa Catarina:

Antonio Luiz Battisti – Sintespe
Fábio Daufenbach Pereira – Sindicontas
Helio Lentz Puerta Neto – SINJUSC
Alexandre Melo – Sindalesc
Aldoir José Kraemer – Sinte-SC
Djeison Stein – SindSaude
Rafael Rosa Hagemeyer – Aprudesc
Heloíse Inês Guesser – Sintudesc
Gilmar Rodrigues – SIMPE-SC

2 comentários

  1. A notícia do protocolo da proposta de “Reforma da Previdência” foi divulgado no site Agência Alesc (http://agenciaal.alesc.sc.gov.br/index.php/noticia_single/executivo-protocola-reforma-da-previdencia-estadual) contendo esta declaração do Secretário da Casa Civil, Eron Giordani:

    “Essa é a linha de defesa do governo. Medidas que visem melhorar a proposta, que tenham autofinanciamento, poderão ser, por parte do governo, incorporadas(…)”

    Poderíamos oferecer como “medida” de autofinanciamento o não pagamento da dívida pública do Estado de Santa Catarina. Em artigo publicado, ainda em 2017, dá conta de que essa dívida iniciou em R$ 5,4 bilhões e saltou para R$ 9,3 bilhões; sendo que o devedor já pagou R$ 13,3 bilhões (fonte: http://www.sinte-sc.org.br/Artigo/1674/divida-de-santa-catarina-nao-devemos-pagar-a-conta-do-parasitismo). Vejam que economia espetacular faríamos. Por que não se toca nesse assunto?

    Para reforçar essa proposta, poderíamos fazer uma GREVE.

    Até quando a sociedade vai arcar com esses custos e até quando os servidores serão penalizados?

    Quem são os credores dessa dívida já paga?

    GREVE.

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