A presidenta do SINJUSC, Carolina Rodrigues Costa, entregou o resultado da pesquisa de metrificação das demandas do plantão feita pelo Sindicato ao Desembargador Luiz Antônio Zanini Fornerolli que foi relator do processo que institui a regionalização no âmbito do judiciário catarinense.
O movimento faz parte do trabalho de sensibilização que a diretoria do Sindicato está fazendo com os membros do Conselho da Magistratura, órgão que, agora em agosto, deve revisar a resolução que instituiu a regionalização há um ano.
Para a presidenta do SINJUSC “as desembargadoras e os desembargadores que formam o Conselho da Magistratura não podem perder a oportunidade de revisar os sérios problemas contidos nessa modalidade de plantão que impõe uma sobrecarga de trabalho, uma quantidade absurda de horas ininterruptas de atenção e não remunera como deveria”.
TRÊS EM CADA QUATRO PLANTONISTAS NÃO RECEBEU PREPARAÇÃO|
De acordo com a metrificação, o plantão judicial é, na prática, gerenciado pelas trabalhadoras e pelos trabalhadores do judiciário catarinense, pois apenas 10% das atividades são analisadas pelos magistrados.
Outro dado evidenciado pela pesquisa foi a falta de preparação, 77% respondeu que não recebeu treinamento adequado para desempenhar funções com as quais jamais teve a oportunidade de se familiarizar antes de trabalhar como plantonista.
Ainda de acordo com a metrificação, a maioria dos plantonistas (72%) relatou que passa pelo menos metade do tempo realizando atividades extraprocessuais. São mais de 50 funções diferentes que envolvem dezenas de sistemas e contato com outras instituições como o Ministério Público, presídios, advogados das partes, polícia, hospitais, conselho tutelar e etc.
Porque falar “presidenta” de a palavra “presidente” é unisex? Para a versão masculina devo usar “presidento”?
A palavra “presidenta” faz parte do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, portanto a utilização é correta de acordo com a norma. Para além disso, usar o termo se reveste de uma questão política, pois marca a importância da luta pela igualdade de gênero em uma entidade que representa uma categoria com maioria feminina.
Então devo chamar presidente homem de “presidento”?
A palavra “presidento” não consta no VOLP, mas o senhor é livre para criar neologismos, sem falar na possibilidade da utilização poética da língua portuguesa!