Pesquisa sobre plantão mostra que ampla maioria rejeita a regionalização, 94% considera a atividade arriscada e 93% quer remuneração

Saíram os resultados da pesquisa sobre o plantão e os dados tabulados mostram que 73,8% dos que responderam rejeitam a proposta de regionalização e 15,4% não tem opinião formada. Foram quase 500 respostas e a movimentação da categoria, junto com o Sindicato na base, adiou a análise da proposta pelo Conselho da Magistratura, que trataria do assunto nesta semana, dia 12/08. O tema deve voltar à discussão em setembro.

O que se ganha com o adiamento é tempo para que a administração escute a categoria, que agora tem dados concretos pra negociar. Até o momento, o Tribunal não havia perguntado a quem faz plantão, o que achava da regionalização. Agora sabe!

O resultado da pesquisa será entregue a todos os membros do Conselho. Com isso, o Sindicato fará novo trabalho de convencimento do sentido de expor que as mudanças não beneficiam a ampla maioria e relembrar que antes de mudar a forma de fazer o plantão (e para isso precisa, sim, ouvir os servidores), o Tribunal deve quitar a dívida com os plantonistas, que hoje tem mais de 80 mil dias para receber ou gozar. O pagamento já havia sido aprovado pelo Comitê do Primeiro Grau, que era responsável por tratar do assunto, mas o Tribunal achou que o processo estava “andando rápido demais” e transferiu a competência para o Conselho, zerando o rito.

Dos respondentes, 92,7% concordam que o plantão deve remunerado e 71% considera o direito de escolher entre pagamento ou tirar folga.

Riscos do plantão

Outro ponto importante que será aprofundado nas negociações é o quanto o plantão adoece o trabalhador: 94% disseram que cumprir plantão expõe o servidor a riscos. Desses, 91,6% responderam sofrer por causa pressão por agilidade, 82,6% de ansiedade, 68% sentem insegurança física, 39% medo, 33% assédio moral e 18% solidão.

A Saúde sempre foi uma pauta permanente do SINJUSC e toda vez que algum dado novo, como esse, é revelado, toda a luta do Sindicato – ampliação de espaço no Comitê Nacional de Saúde do CNJ, incentivos de projeto na academia judicial, negociações com a diretoria de saúde, campanhas contra o assédio moral nas comarcas – é validada.

Sindicato na base

A pesquisa foi encaminhada em assembleia no dia 26 de julho e prontamente o sindicato a formulou e convocou os servidores a responder. Na base, o SINJUSC percorreu algumas comarcas do Oeste dialogando e expondo como as mudanças afetarão as comarcas. A agenda de diálogos passou por Gaspar, Timbó, Pomerode, Xanxerê, Chapecó, São Miguel do Oeste e Concórdia. Mesmo com o fim da pesquisa, o trabalho de conscientização nas comarcas não terminou; na próxima semana é a vez do Norte receber a direção. Acompanhe aqui no site!

Veja alguns dados tabulados:

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