A luta coletiva dos trabalhadores e trabalhadoras é travada pelos sindicatos. Para manter direitos e ampliar conquistas de uma categoria, seja na Itália, Estados Unidos, na África ou no Brasil, é o sindicato quem atua na organização, negociação e movimentos que buscam esses objetivos.
A formação dos sindicatos tem uma longa história. No Brasil, ganha os primeiros impulsos a partir da abolição da escravatura, no final do século XIX, e com a crescente chegada de imigrantes europeus. Na pauta dos trabalhadores daquela época estava a luta pela redução da jornada, parada para alimentação, descanso e salário digno.
Pode-se afirmar que os trabalhadores se organizaram porque não encontraram eco a suas demandas nos empregadores e no Estado. Bem antes do movimento associativo e sindical surgir no Brasil, na Europa trabalhadores (as) se juntaram em organizações para reduzir os impactos do capitalismo, que se consolidava no século XIX.
Os empresários daquela época apropriavam-se dos produtos criados pelo trabalho operário. O trabalho deixou de ser valor e passou a ser mercadoria. Crianças eram utilizadas como força de trabalho sem receber (ou receber quase nada), a pretexto de que se um salário fosse pago, o lucro diminuiria. A exploração infantil era abertamente difundida, sobretudo na Inglaterra. O sindicato nasceu então com a função de impedir que trabalhadores (as) se vissem obrigados (as) a aceitar um salário inferior ao mínimo indispensável para o seu sustento e de sua família.
Na atualidade, os sindicatos reivindicam demandas e organizam trabalhadores (as) e também participam de ações na sociedade. Por isso são atores sociais que contribuem para o fortalecimento da democracia brasileira, preconizada na Constituição de 1988.
Sindicatos atuaram, por exemplo, no combate à ditadura e na luta pela redemocratização do país, nas campanhas pela anistia, pelas eleições diretas para presidente da República e pela convocação da Assembleia Nacional Constituinte.
Algumas vezes, conquistas de algumas categorias de trabalhadores acabam se transformando em direito para todos, através de lei. São os casos do 13º salário, inicialmente negociado como “abono natalício”, redução da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais, elevação do percentual de remuneração da hora extra para 50%, ampliação da licença-maternidade para 120 dias, licença paternidade de cinco dias; adicional de 1/3 sobre a remuneração das férias, e a regulamentação da sindicalização e direito à greve de trabalhadores do serviço público.
Tudo isso foram conquistas a partir do suor e da luta dos (as) trabalhadores (as). Nada disso surgiu com um passe de mágica.
Uma das origens da palavra sindicato é grega: “syn-dicos”, que é aquele que defende a justiça. O SINJUSC é um sindicato que luta para que a administração do Poder Judiciário reconheça a importância do trabalho e faça justiça assegurando direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Nossa luta, agora e sempre, é pelo fortalecimento dos sindicatos atuantes e contra todas as tentativas de impedir a organização dos trabalhadores e trabalhadoras. Nossa luta é pelo direito de lutar por direitos!