Neste janeiro caiu na conta dos trabalhadores do Judiciário catarinense mais um aumento do Iprev. A Lei Complementar nº 662, aprovada em 2015 – que dispõe sobre a organização do Regime Próprio de Previdência dos Servidores do Estado — previu os aumentos da contribuição até o ano de 2018. De acordo com a lei, os percentuais iniciaram em 2016 (para 12%), 2017 (13%) e, por fim, 14% em 2018.
Em 2015, após uma grande mobilização para deflagração da greve, os trabalhadores ainda feridos com o resultado do movimento não se mobilizaram junto aos demais servidores do Estado, os quais não conseguiram barrar o aumento. Isso demonstra que apesar das dores e dissabores, a luta não pode arrefecer. É preciso muita resiliência.
Este ano exigirá isso de todos nós, sobretudo com a limitação financeira imposta pelo teto dos gastos no Estado, que engessará ainda mais os recursos disponíveis para a valorização do trabalhador. Mas e o que eu, trabalhador do judiciário catarinense, tenho a ver com a essa Luta? Tudo. Porque se em 2017, você, trabalhador e todos os seus colegas, conquistaram a reposição da data-base 2017 e o restante da data-base 2016, pagamento das promoções e dos dias paralisados na greve, manutenção do valor extra do auxílio-alimentação, foi porque, de forma organizada e mobilizada, a categoria juntamente com o SINJUSC, preparou a resistência e foi dialogar/cobrar/reivindicar à Administração do TJSC.
E 2018 segue nessa mesma esteira. A campanha salarial teve início com a abertura de diálogo com o presidente eleito desembargador Rodrigo Collaço e demais desembargadores que compõem a presidência do Tribunal. As comarcas serão visitadas e o congresso dos delegados sindicais construirá as estratégias para as ações.
O diálogo franco é um importante caminho, sobretudo quando acompanhado de mobilização nas Comarcas. Isso demonstra consciência pela necessidade urgente de um Plano de Cargos de Salários que contemple a realidade das atividades desenvolvidas pelos trabalhadores.
Fique atento, converse com seus colegas sobre o ambiente de trabalho, conteste injustiças e denuncie situações irregulares ao seu sindicato. É preciso ser visto, é preciso mostrar que você conhece seus direitos.
Vamos à Luta!
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