Numa noite de terror, Senado acaba com a CLT

Caso você se considere parte daquele grupo que nada tem a ver ou que não sofrerá os malefícios do golpe na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que o Senado aprovou na noite desta terça-feira, reflita sobre sua posição e participe de todas as atividades do Sindicato, começando pela assembleia geral desta quinta-feira.

A ‘reforma’ brasileira tem como matriz as mudanças da Espanha. Veja aqui o que acontece na Espanha hoje. Em Portugal, o nível de precarização com as mudanças nas leis trabalhistas foi tamanha que o governo tem atualmente o Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários da Administração Pública para reduzir o número de trabalhadores públicos terceirizados, intermitentes ou prestadores de serviços com trabalho regular.

 

Em muitos países (leia o texto Turnê do Apocalipse), reformas semelhantes à brasileira foram feitas. O que se comprovou, em quase todos, é que na arrancada há um vôo de galinha na taxa de emprego, porém os salários são mais baixos, os contratos são precários, as pessoas trabalham mais, a aposentadoria é um luxo e ninguém tem mais segurança de (e no) emprego. O desmonte da CLT foi realizado na terça-feira, 11 de julho. Veja como votaram os senadores.

Passada a noite de trevas, devemos fortalecer a resistência e enfrentar todo o tipo de ataque aos trabalhadores, como o PLC 014.2/2016, que pretende abrir uma brecha terceirizando assistentes sociais e psicólogos no judiciário. Além de destruir o trabalho público e o concurso para o ingresso, a terceirização custa mais caro para o Estado e enriquece quem já é muito rico, enquanto os salários dos trabalhadores são cotidianamente achatados e reduzidos.

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