No Pará, SINJUSC participa de Seminário sobre formação sindical

O SINJUSC participou do Seminário de Formação Sindical promovido pela Federação Nacional dos Servidores do Poder Judiciário nos Estados (Fenajud) de 7 a 9 deste mês na Ilha do Mosqueiro, em Belém (PA). Mais de 80 representantes de todo o País estiveram presentes nos debates sobre a organização e luta dos trabalhadores do judiciário. O economista Marcio Pochmann, que estará na Conferência dos Delegados Sindicais, também palestrou no Pará.

Doutor em Ciência Econômica, pesquisador de estudos sindicais, de economia do trabalho e docente na Unicamp, Pochmann discorreu sobre a reestruturação produtiva e flexibilização do trabalho a partir da década de 1990. Para ele, o Brasil passa por um terceiro movimento de flexibilização da CLT que se dá num quadro recessivo e que, possivelmente, não deverá ter um impacto positivo no nível de emprego, mas no rebaixamento das condições de trabalho.

Assim como Marcio, outro palestrante participou do segundo dia de atividades. Foi o Doutor em Ciências Sociais, Mestre em Sociologia e docente da Unicamp, Giovanni Alves. Ele fez uma análise sobre o Estado brasileiro e abordou a reengenharia no processo produtivo e na divisão técnica do trabalho na atividade judiciária e seus impactos sobre os trabalhadores da Justiça. Para ele, a terceirização é um facilitador da fraude trabalhista e contribui não apenas para o desmonte da CLT, mas também para o desmonte da Justiça do Trabalho.

Outras duas palestras foram realizadas no primeiro dia e apresentaram o cenário em que se encontram os trabalhadores. O filósofo, jornalista e autor do livro Sindicalismo no Brasil, Os Primeiros Cem Anos, Sebastião Soares tratou sobre as origens e evolução do trabalho e do sindicalismo, e sobre a ordem mundial atual. Para ele, o sindicato é uma ferramenta de transformação a partir da defesa dos direitos dos trabalhadores. Segundo Soares, os trabalhadores precisam reagir diante dos ataques feitos pelo Congresso Nacional e Governo.

O papel dos sindicatos, a crise de representação, os desafios para a organização dos trabalhadores foram temas colocados em debate pelo jornalista e escritor Altamiro Borges, autor de Sindicalismo, Resistência e Alternativas. Integrante do Instituto Barão de Itararé, que organiza ativistas pela democratização da comunicação, Borges abordou também a conjuntura brasileira e as tarefas do sindicalismo no Brasil.

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