“Concurso público, reduzir as isenções fiscais, cobrar grandes sonegadores e equalizar contribuição dos militares” foram as soluções apontadas pelo vice-presidente do SINJUSC, Neto Puerta, em entrevista concedida à CBN Floripa na última sexta, dia 18 de agosto. Veja abaixo, a entrevista na íntegra.
De acordo com Neto, só na Educação Estadual, 70% da mão de obra é contratada por vínculo temporário, isso quer dizer que essas pessoas e o próprio Estado de Santa Catarina transferem, todos os meses, uma quantia significativa para o INSS que poderia reduzir drasticamente o chamado “déficit” que hoje gira em torno de R$ 6 bilhões por ano.
O vice-presidente do SINJUSC, cobrou ainda que o Estado preste contas dos cerca de R$ 21 bilhões em impostos que o Estado de Santa Catarina abriu mão só em 2023. O dirigente entende que a população precisa saber quem recebe, quanto recebe, qual o prazo para o fim do benefício e quantos empregos de fato são gerados pela medida.
O montante que Jorginho deixou de arrecadar este ano em favor de industriais, agronegociadores e importadores, pagaria o déficit da previdência pelos próximos três anos ou a revogação dos 14% pelos próximos 40 anos. De acordo com o Iprev-SC, o aumento da faixa de incidência dos 14% gera uma arrecadação de R$ 534 milhões ao ano para o Fundo.
Também foram mencionados na entrevista, o fato dos militares da reserva estadual contribuírem com apenas 10,5% para o Iprev-SC, contra 14% cobrado dos civis, e a ausência de uma política mais dura de cobrança dos grandes sonegadores do Estado, impostos devidos e não pagos aos cofres públicos.
A participação de Neto no programa de rádio aconteceu um dia depois da manifestação que reuniu mais de 3 mil trabalhadoras e trabalhadores dos serviços públicos em Santa Catarina na frente da Alesc pela revogação dos 14%, pela limitação das isenções fiscais e pela regulamentação da negociação coletiva no setor.
“Concurso público, reduzir as isenções fiscais, cobrar grandes sonegadores e equalizar contribuição dos militares”. Ótima abordagem para aumentar a arrecadação do estado de SC e não prejudicar os servidores. Poderíamos ter ganho real se não fossem essas questões políticas. E, ainda, o sindicato não pode esquecer também da luta pela redução para 06 horas.
É o maior absurdo visto pela categoría, principalmente dos professores aposentados ganhando uma miseria e descontando 14% do salario. Enquanto militares ganham um salario alto e descontam bem menos. Vergonha.
Os servidores não devem aceitar a proposta do governo de isentar somente para quem ganha até R$ 3.500,00, pois se é injusto para quem ganha pouco é injusto para que progrediu na carreira, e com o desconto de 14% de dia renda, será rebaixado na sua remuneração, na faixa de quem ganha R$ 3500,00, e ainda pagará sempre mais imposto renda, prejuízo de quem se empenhou em prosperar na carreira, curso e formações e cargos de maior responsabilidade.