Na tarde desta segunda-feira, após o presidente do SINJUSC apresentar de forma clara e objetiva o Novo Plano de Cargos e Salários (NPCS) para o Conselho de Gestão, Modernização Judiciária, de Políticas Públicas e Institucionais, e depois de amplo debate, o órgão deliberou que a partir da próxima semana iniciarão as reuniões técnicas entre o sindicato e o tribunal. Na palavra do presidente do conselho, desembargador Nelson Schaefer Martins, o objetivo é apurar os pontos de convergência e definir quais são as possibilidades que este tribunal pode assumir.
O relator do plano, desembargador Fernando Carioni, que havia solicitado as reuniões entre as autoridades envolvidas no início de julho, reafirmou tudo o que ocorreu durante sua relatoria e declarou que é preciso resolver o impasse. “Se não há dinheiro agora, podemos e devemos avançar na negociação, buscando uma solução viável”, afirmou.
Para o Corregedor-Geral da Justiça e membro do Conselho, Luiz Cézar Medeiros, o momento não é de pensamentos individualistas e sim de colaboração entre as partes. “O objetivo é resolver os impasses para executar o plano, caso contrário, não progrediremos e vamos ficar como no antigo PCS”, declarou.
A decisão foi unânime entre os desembargadores presentes que afirmaram ter “simpatia” com o projeto, argumentando que uma vez o plano ajustado ao orçamento do TJSC e aprovado, servirá como resposta aos anseios dos “nossos valorosos servidores”.
Entre as proposições referentes ao plano, os conselheiros expuseram seus pontos de vista, tiraram dúvidas com o presidente do SINJUSC, elogiaram a exposição do plano que lhes trouxe uma nova visão, reforçando a importância e a necessidade de implementação, além da postura política de seus dirigentes, afirmando que o sindicato amadureceu o projeto.
As manifestações feita pelos desembargadores João Henrique Blasi, Jaime Ramos, entre outros, teve reflexo também na declaração do próprio presidente do TJSC, Nelson Schaefer Martins, que afirmou: “O momento é de avanço, o que demonstra maturidade política de todas as partes envolvidas”.
As propostas, na visão do presidente do conselho, desembargador Nelson Schaefer Martins, têm dois vieses: o primeiro é que os grupos de estudos, tanto da parte do Tribunal, quanto do SINJUSC, devem selecionar e técnicos servidores para viabilizar o projeto e trazer novos conhecimento aos debates. O segundo, é que os estudos de projeção do NPCS deverão ser realizados em consonância com a receita e as possibilidades que este tribunal pode arcar.
O diretor de política sindical, Luiz Carlos Ribeiro, considera esta etapa como vitoriosa. “Sabemos que para implementar um plano de carreiras na atual conjuntura econômica brasileira não é tarefa simples. E com o que presenciamos hoje, sentimos que o caminho está sendo trilhado corretamente, resumindo, colocamos o NPCS novamente nos trilhos. Entretanto, sabemos que é necessário apoio e afinco de todas partes para que nosso objetivo, de forma realista, seja conquistado”, expõe o diretor.