Mulheres na luta contra a violência e retirada de direitos

A manhã deste Dia Internacional da Mulher começou bem cedo com ativistas e simpatizantes de movimentos de mulheres e feministas distribuindo milhares de panfletos no Terminal de Integração do Centro (TICEN) em Florianópolis. Durante todo o dia foram realizadas atividades na tenda instalada na Praça da Alfândega, local de concentração dos grupos e ativistas abrigados sob o 8M Florianópolis.

Depois da panfletagem o Terminal Central, o outro contato com as pessoas fora do Largo da Alfândega foi uma apresentação do grupo de mulheres Madalena na Luta. Com um toque fúnebre no bumbo, elas caminharam pelo centro da cidade repetindo nomes de mulheres mortas por seus companheiros.

Um apitaço que durou mais de 15 minutos, e a chegada de pelo menos 30 mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Planalto e Meio-Oeste de Santa Catarina marcou a saída das mulheres reunidas pelo 8M no Largo da Alfândega rumo ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), no calçadão da Felipe Schmidt, onde ocorreu uma manifestação contra a Reforma da Previdência e Trabalhista e contra o governo Temer.

Panfletagem

A advogada Mexiana Zabott Adriano foi uma das mulheres que enfrentou a panfletagem no TICEN desde o final da madrugada até perto das 9h. Além de ativista da causa feminista, integra um grupo de mulheres de um partido político, e uma organização chamada Banco do Tempo, em que pessoas escambam suas atividades profissionais. “Se eu doar uma hora como advogada, tenho um crédito de igual tempo, e posso usar, por exemplo, com uma massagista”, definiu.

A agente de crédito Bruna Cruz foi uma das mulheres que recebeu um panfleto no TICEN. Ela estava em uma lanchonete no Mercado Público com o panfleto dobrado ao meio antes de entrar para o trabalho. Ela disse que sabia da mobilização desta quarta-feira, e que é importante a luta feminista e a busca de isonomia, por exemplo com relação ao salário. Ela também criticou a violência contra as mulheres.

Depois de encerrada a panfletagem no TICEN, por volta das 9h, e iniciadas as atividades no Largo da Alfândega, como dança afro, roda de conversa e pronunciamentos, a acadêmica de Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Beatriz Silveira apareceu para buscar material de divulgação. ” Vou almoçar com um grupo de amigos  convidar o pessoal para participar”, apontou. Ela disse que retornaria ao evento no fim do dia, para a Marcha de encerramento deste 8 de Março em Florianópolis.

O estudante do Técnico em Eletrotécnica do Instituto Federal de Educação de Santa Catarina (IFSC) Oscar Krishna chegou ao Largo da Âlfandega no meio da manhã com a turma da disciplina de Artes Visuais. Eles foram levados pela professora. “Apoio as causas, mas não sou ativista”, afirmou. Ainda conforme ele, o fim da discriminação de gênero e as desigualdades entre homens e mulheres levará muito tempo: “É preciso educar as pessoas, e isso leva muito tempo” acredita.

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