Mil servidores do Judiciário devem participar de paralisação em frente ao TJSC

Aproximadamente mil servidores do poder judiciário catarinense estarão presentes no dia 31 de março, às 13h, em frente ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), para protestar contra a demora na aprovação do Novo Plano de Cargos e Salários (NPCS), que está nas mãos do tribunal desde novembro de 2014. A decisão foi tomada diante do indicativo de greve, deliberado em assembleia, no dia 28 de fevereiro.

Embora o tribunal tenha divulgado na sexta-feira, dia 20, um cronograma de atividades referente ao NPCS, o SINJUSC não demonstra qualquer aprovação quanto às datas. “Este cronograma que posterga aprovações não é satisfatório para os trabalhadores do judiciário, haja vista a demora já presenciada pela classe em outros momentos”, defende o secretário de política sindical, Luiz Carlos Ribeiro.

Ele diz ainda que essa questão é explicativa, em vista do plano ter sido apresentado ao tribunal em 2009. No entanto, alegando falta de recursos, o TJSC arquivou o projeto em 2011. Logo, em novembro de 2014, a entidade novamente apresentou um novo plano, que agora aguarda os trâmites legais para aprovação.

Segundo a diretoria do SINJUSC, o plano engloba todos os cargos do serviço judiciário catarinense, além de reparar qualquer defasagem salarial. “O NPCS foi elaborado com muito critério e contou com a ampla participação dos servidores de todas as comarcas do Estado”, ressalta o presidente do sindicato, Laércio Raimundo Bianchi.

Para mobilizar a base foi criado o Comando de Greve, que juntamente com a diretoria do SINJUSC está percorrendo todas as regiões do Estado. Na estrada há três semanas, as equipes já visitaram cerca de 80% das comarcas.

Além dos presentes na assembleia, haverá também os servidores que paralisarão suas atividades nos seus postos de trabalho. “Será a maior paralisação já feita no judiciário. É fato que os servidores estão descontentes, não só com a falta de um plano de carreiras, cargos e vencimentos, mas também com meia década sem ganho real. Em outras palavras, um descaso total com a categoria”, declara Bianchi.

O presidente traz outras observações. Segundo ele, hoje, o judiciário catarinense é o 4º mais produtivos do País e o 14º em salários para os servidores. “Já a magistratura segue em franca expansão e poderá dobrar seus ganhos com a aprovação do novo Estatuto da Magistratura, que altera a Lei Orgânica da Magistratura (Loman) que será votado em breve. Assim, precisamos unir esforços em busca de melhores condições”, finaliza.

Para um dos 11 membros do Comando de Greve e também servidor judiciário da comarca de Blumenau, Helio Lents Puerta Neto, além da positividade dos servidores em relação à participação nas paralisações ou na Assembleia Geral, existe mobilização espontânea nas comarcas. “Nas visitas estamos sanando algumas dúvidas, entregando o material de apoio e motivando ainda mais a adesão da categoria”, afirma Neto.

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