O Art. 2ª do Estatuto do SINJUS prevê, expressamente, como uma de suas finalidades a atuação na manutenção e na defesa das instituições democráticas brasileiras.
Ainda, no seu Art. 3º, expressa como um de seus deveres e prerrogativas lutar pela defesa das liberdades individuais e coletivas, pelo respeito à justiça social e pelos direitos fundamentais do Homem.
Os cenários políticos, nacional e estadual, os quais nos afetam diretamente enquanto entidade de classe, passa pelos momentos mais difíceis desde o processo de redemocratização. Como resultado disso, observamos uma onda de violência, baseada no ódio e na intolerância que, assustadoramente, está muito próxima de nós.
Esse texto não trata de discordância ou predileção, mas de um posicionamento contra a violência, a intolerância, a discriminação e, acima de tudo, em favor da democracia e da liberdade de organização sindical da classe trabalhadora.
Uma das principais características das democracias contemporâneas é a pluralidade. E isto é resultado da própria ação humana que evoluiu ao abrir espaço para novos pensamentos e novas concepções de convivência em sociedade. Independentemente de diferenças de posições, deve haver, sobretudo, respeito às instituições democráticas e à dignidade da pessoa humana.
Neste mundo plural, a classe trabalhadora batalhou muito para conquistar alguns direitos. O final de semana renumerado, as férias (e o 1/3 indenizado), a licença-maternidade, o 13º salário, a insalubridade e periculosidade, a inserção das mulheres no mercado de trabalho. Nada disso caiu do céu. Não podemos regredir.
Não podemos aceitar em pagar a conta da crise sozinhos.
Por isso, a Diretoria Executiva do SINJUSC se manifesta para que a sociedade catarinense não se esqueça das lutas que nos trouxeram até aqui, bem como das lutas que teremos que travar se quisermos melhores as condições de trabalho.
Para isso, não podemos aceitar que nos retirem o direito de lutar pelos direitos. O processo democrático deve prevalecer, sem violência, ódio e intolerância.
Parabéns pelo Editorial, texto coerente, inteligente e acima de tudo real, só não enxerga esse violência quem
prefere fechar os olhos ou enterrar a cabeça como um avestruz.