Os servidores do Judiciário de Santa Catarina continuam como líderes de sobrecarga de trabalho entre os tribunais de médio porte. Entre todos os tribunais, o TJSC ocupa o terceiro lugar. A situação, levada como pauta do SINJUSC que luta por reposição no quadro há anos, foi atestada pelo Justiça em Números 2019 (ano-base 2018).
Desde de 2017, os servidores ocupam a primeira colocação com a maior carga de trabalho. Compare os dados aqui (2017), aqui (2018) e aqui (2019). “A incansável dedicação” do servidor colocou o Tribunal na vice-liderança entre os de médio porte, que mais julgaram em 2018. Foram 100 mil processos a mais do que em 2017.
Enquanto o Tribunal comemora, o SINJUSC volta a cobrar mais nomeações de aprovados. O Tribunal prometeu chamar 320, diminuiu para 264. Mas o Sindicato lembra, conforme o próprio CNJ revela, que o TJ tem 760 cargos vagos. Ou seja, é preciso repor mais servidores!
Sobre as nomeações, fruto do intenso trabalho reivindicatório do SINJUSC (Veja Série: luta por concurso), outra situação a ser questionada é a forma como foram conduzidos os estudos pra distribuir os nomeados.
Todos os fóruns foram colocados com a necessidade de 7 servidores, 2 no gabinete e 5 no cartório. O problema consiste na não averiguação das necessidades de cada local de trabalho. Tem comarca com 15 mil processos e outras com 2 mil. Por isso, a necessidade de recursos humanos é diferente. Os estudos não foram feitos in loco. O Sindicato recentemente esteve na base e tem propriedade para contestar isso.
Para 2020, com as 264 nomeações que o SINJUSC conseguiu negociar, espera-se que o Justiça em Números traga dados melhores e que os servidores não tenham que trabalhar incansavelmente.