Crédito: Assessoria de Romulo

Inspirado no rock clássico, servidor Romulo Carvalho prepara lançamento de novo clipe

Nesta segunda publicação do SINJUSC +, trazemos entrevista com o servidor lotado na comarca de Blumenau, Romulo Carvalho, que é cantor, compositor e irá lançar na próxima semana, dia 14/03, clipe da nova canção: “Guardei”. A estreia, com direito a cenas do litoral catarinense, estará disponível no canal do Youtube. Aguardamos ansiosos! Parabéns!

Quando começou a florescer seu lado compositor?

O primeiro instrumento que aprendi a tocar foi um teclado. Assim que dominei melhor o instrumento, já tive vontade de criar as minhas próprias músicas. Depois que aprendi a tocar violão, este processo foi muito mais intenso.

Com qual idade compôs sua primeira música e qual foi?

Eu tinha em torno de uns 15 anos quando comecei a rascunhar minhas primeiras canções. Recordo que peguei um poema que alguém havia escrito num caderno de escola e musiquei. Logo em seguida, passei a escrever minhas próprias letras.

Desde sua primeira composição, o que mudou?

Primeiramente, eu passei a não escrever mais apenas sobre mim. Passei a ter também um olhar atento do que acontece com outras pessoas. Depois, é claro, um amadurecimento natural do texto e do instrumento musical. O desafio é se aprimorar, mas sem perder o vigor e a simplicidade.

Qual sua maior fonte de inspiração? Na hora de compor existe algum processo que você segue?

Acho que a maior fonte de inspiração é viver. Conhecer novos lugares, novas pessoas, novos livros. E também ter um olhar quase que de cronista sobre o que acontece à sua volta. Misturar sua vivência e a experiência de outras pessoas é a combinação perfeita para novas canções.

Não sigo nenhum processo. E a maneira como componho muda sempre. Muitas vezes sento para compor, como um ofício mesmo. Em outras, a inspiração vem. Aí é correr para o instrumento e se deixar levar.

 Quais foram as maiores influências do início da carreira?

Na época eu lembro que ouvia bastante rock nacional de maneira geral. As bandas de rock gaúcho, como Nenhum de Nós e Engenheiros do Hawaii estiveram sempre presentes. E Beatles, que faz parte da minha formação.

Qual é a profundidade da sua ligação com a música (emocional, racional e espiritual)?

Não há como desvincular minha vivência da música. Todo músico tem uma conexão intrínseca com harmonias e melodias que perpassam pelo racional, quando usamos a técnica. Pelo emocional, quando transformamos alegria e tristeza em canções. E pelo espiritual, quando a música te leva para uma experiência sublime.

Como foi o processo de composição, produção e gravação do EP “Bem-Vindo ao Fim”?

Eu selecionei canções que eu já havia composto ao longo dos anos. Juntei com novas músicas e parti para o Estúdio Pistache, com o produtor Davi Carturani.  No EP serão cinco canções que estão sendo lançadas uma a uma, como singles.

O processo de gravação foi ótimo. Davi é um produtor super tranquilo, o que facilita bastante o trabalho para o artista. Eu também já faço as pré-produções em casa, pois assim já consigo passar para o produtor o que quero da música. Ganhamos tempo com isso.

O único empecilho foi a pandemia, que acarretou em atrasos. Inclusive utilizamos o meio virtual para eu acompanhar de casa a gravação da bateria de duas canções. Foi algo diferente, mas funcionou muito bem.

Quais foram as principais influências durante esse processo de criação do EP?

O EP passeia sobre algumas coisas que andei ouvindo ultimamente, como o folk rock do Mumford and Sons e The Lumineers. Os últimos álbuns do The Killers e do Noel Gallagher também estão presentes ali. Nacionais como Nando Reis e Humberto Gessinger também foram inspiração.

A canção “Bem-Vindo ao Fim”, que foi a primeira música de trabalho do EP, é sobre você, sobre perda pessoal?

Bem-Vindo ao Fim” trata do fim de um relacionamento e de como um grande amor se torna apenas uma lembrança ao longo dos anos. Aquela pessoa que um dia era tudo hoje é apenas uma foto velha numa gaveta esquecida. Ou como fala Roberto Carlos em Detalhes: “do tempo que transforma todo amor em quase nada”.

A última música lançada foi “Guardei”. Conte um pouco sobre ela.

Guardei é uma balada inspirada naqueles rocks clássicos ingleses, com piano e muito arranjo. Eu comecei a compor ela inicialmente no violão, mas quando levei ela para o piano a canção se transformou. Já a letra fala sobre se aceitar e aprender a se perdoar.

Quais são seus próximos lançamentos?

O próximo lançamento é o vídeo da canção “Guardei”. Será lançado agora no dia 14 de março no meu canal no Youtube. Fizemos a captação das imagens no litoral aqui do Estado. Recebi a prévia do clipe e está lindo!

Depois disso, teremos no final deste mês o lançamento de mais uma música, chamada “Até o Fim”. Neste semestre, além de “Até o Fim”, ainda serão lançadas mais duas canções: “Dose Limitada” e “Uniforme Azul”, fechando assim as cinco canções do EP.

Estamos em um momento de ataque aos Direitos dos Servidores Públicos e à cultura. O que o Romulo quer dos políticos de um modo geral e para área da cultura?

Estamos passando por um período lamentável na política nacional. Um retrocesso inimaginável. O que eu espero é que se respeite a democracia no país, tão atacada e vilipendiada nos últimos dois anos. Com relação à cultura, é difícil imaginar algum apoio num governo que não entende o papel da arte, pois possui uma visão antiquada e atrasada. Gostaria de respeito e incentivo para cultura, mas não vislumbro algo num horizonte próximo.

Como você analisa a iniciativa do SINJUSC de se engajar no fomento à educação, diversidade, cultura?

Toda iniciativa que busca expandir os horizontes do Sindicato e traz melhorias para os seus sindicalizados é bem-vinda.

Quem é Romulo aos olhos do próprio Romulo?

Olho e me vejo como uma pessoa na busca por evolução e desconstrução.  Acerto às vezes. Erro muito, mas continuo buscando.

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