Imposto sindical é importante?

Ninguém gosta de pagar imposto, mas todos querem ter a rua asfaltada na frente da sua casa, ter um sistema de coleta de esgoto, ter um sistema de saúde público adequado, uma escola pública eficiente e, para tudo isso e muito mais, existem impostos. Impostos são cobrados coletivamente para o benefício de todos. O imposto sindical também é assim. É cobrado de todos (mesmo daqueles que não querem lutar e sempre estão ao lado do patrão) para que todos, desde os que recebem menos aos mais bem remunerados, tenham recomposições salariais, por exemplo.

Pagar o imposto sindical é necessariamente chato. Seremos questionados sobre nosso desejo de pagar ou não pelo “patrão”. Os empresários já pagaram e estão pagando o Imposto Sindical Patronal aos sindicatos patronais. Eles sabem que é importante ter recursos para colocar propaganda na televisão dizendo que ter muitos direitos é ruim para o país, para as empresas. Aliás, muitos deles pagam o Imposto Sindical Patronal, mas sonegam veementemente a Previdência e sonegam Imposto de Renda.

Devemos nos questionar então: “O imposto sindical é em favor do trabalhador ou do patrão?” Ou mais: “Quem terá mais poder com a cobrança do imposto sindical dos trabalhadores: os trabalhadores ou o patrão?” Fica claro que o imposto sindical é importante para realizar a luta dos trabalhadores, pois é necessário dinheiro para fazer as lutas, para organizar os trabalhadores, para enfrentar a Reforma da Previdência, para fazer uma Greve como a de 2015 no Tribunal (lembram na época, quando deliberamos em Assembleia por não devolver o imposto sindical?).

A história já provou que somente organizados é que conseguimos conquistas. E organização também é condição financeira para se fazer a luta. O imposto sindical é importante para você? O imposto sindical é importante para nós? O importante é todos estarmos filiados ao Sindicato, com isso o imposto sindical será irrelevante. A bem da verdade, não pagar o imposto sindical é mais importante somente ao Tribunal de Justiça.

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