Fórum dos Servidores Públicos Estaduais cobra transparência e respeito do Governo

Presidentes e diretores de 11 sindicatos e associações de servidores públicos do Estado reuniram-se ontem (12/03), por quase duas horas, com o secretário da Casa Civil, Nelson Serpa, considerado o responsável pela engenharia que pretende promover uma “profunda” reforma na gestão do Estado e, principalmente, no sistema previdenciário.

Serpa foi surpreendido pelo Fórum, pois esperava reunir-se apenas com quatro sindicatos anteriormente agendados para a conversa sobre as reformas anunciadas através da imprensa. “Não me preparei para isso, mas estou sempre aberto ao diálogo”, afirmou logo no começo da reunião.

Na mesa, a massa dos funcionalismo público estava representada através das seguintes entidades: Aprasc, SindSaúde, Sinte, Sintespe, Sinjusc, Sindalesc, Simpe, Sindicontas, SINDPD (servidores das empresas de processamento de dados de Santa Catarina), Sindalesc e ACP-SC.

Os representantes dos servidores cobraram transparência e diálogo do governo, além de respeito. “Todo dia, a mídia joga alguma coisa ao público, colocando a população contra nós, afirmando que temos privilégios, como a aposentadoria dos militares aos 30 anos, homens, e 25, mulheres. Essa visão de que é privilégio é um absurdo, tendo em vista as peculiaridades da nossa profissão. Nosso nível de stress é enorme, temos o maior número de suicídios entre as categorias e damos a nossa vida em defesa da sociedade”, disse o presidente da Aprasc, cabo Elisandro Lotin.

Serpa deixou claro que o governo está determinando a fazer o que ele preferiu chamar de “ajustes”, principalmente no sistema previdenciário, mas enfatizou que “serão feitos gradativamente e discutidos com as categorias”. Cobrado diversas vezes sobre a disseminação via imprensa, de informações seletivas que visam jogar a opinião pública contra os servidores, negou que isso seja uma tática do Governo e garantiu que, com ele, o canal de diálogo estará sempre aberto.

Ao final da reunião, o Fórum entregou um documento em que pede diálogo efetivo, transparência e respeito os servidores na elaboração dos “ajustes”, além de oferecer ajuda para realizá-los. “Temos sugestões, ancoradas em estudos, que podem sim fazer os ajustes para equilibrar as contas, sem com isso avançar em direitos dos servidores”, assinalaram as lideranças.

Fonte: APRASC

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