Encontro convoca à luta antirracista e reflete sobre o papel do judiciário no combate à discriminação racial

Ao assumir o SINJUSC, a diretoria se comprometeu em lutar e defender o serviço público para superar as desigualdades. Essa agenda é extensa, trabalhosa e exige amplo envolvimento político e sindical. Por isso, a participação e presença em encontros de formação e debates é indispensável.

O caminho vem sendo construído e esta semana, parte dos dirigentes sindicais tiveram espaço de fala no 1º Encontro de Negras e Negros da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud), que acontece em Salvador, reunindo diversos advogados e especialistas em Direito para discutir o combate ao racismo e o fortalecimento do povo negro na sociedade e no judiciário brasileiro.

Para o diretor Samuel Santos Silva, que esteve presente nos debates, o conhecimento sobre a forma como o direito foi construído no ocidente não considerou as contribuições de filosofias africanas e isso reflete em uma justiça que impõe um modo de ser e de pensar que desconsidera as experiências e vivências individuais.

“A Mestre em Direito Público, e Professora, Camila Garcez tocou em temas sensíveis como a fome, a violência policial, a pobreza, a criminalização das drogas, dentre outros. Sua fala incluiu os orixás, Xangô, Iansã, Oxum, Iemanjá, e epistemologias africanas. Por meio de suas metáforas, refletimos sobre como as referências do sistema de justiça são brancas, cristãs e europeias”, sublinha Samuel.

A diretora Ellen Pereira mediu a mesa “Ações afirmativas e Leis para proteger e trazer reparação histórica à população negra: Avanços e Ajustes Necessários”.

“Os sindicatos precisam ocupar os espaços de articulação no combate ao racismo. A formação que fazemos aqui, contribuir e, muito, na luta que levamos às comarcas de Santa Catarina. Contribui na mesa de negociação quando denunciamos racismo ou assédio moral contra colegas nossos. Contribui na construção de uma sociedade mais justa, também papel dos sindicatos. Tudo isso evidência a urgência de construirmos uma justiça antirracista”, defende Ellen. A dirigente acrescenta ainda que os debates contribuíram também para pensar o 2 º Encontro de Negras e Negros do Judiciário Catarinense. Também participaram pelo SINJUSC, as trabalhadoras Rosilene Aparecida da Silva da Lima, Maíra Vitório Martinho e Bethania Almeida de Barros.

O evento foi realizado nos dias 18 e 19 de maio com varias mesas de discussão. Você pode acessar aqui a programação e aqui, a matéria completa no site da Fenajud.

FAÇA PARTE DO COLETIVO NEGRAS E NEGRAS DO JUDICIÁRIO CATARINENSE|

O SINJUSC apoia o Coletivo de Negras e Negros do Judiciário Catarinense e convida os trabalhadores e trabalhadoras interessadas em participar das discussões e encontros. Faça contato pelo Conecte SINJUSC e saiba como.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *