A jornada de Luta do SINJUSC contra a reforma da previdência iniciou nesta manhã (19.02) com palestra/debate da trabalhadora Célia Regina Capeleti, na sede do Sindicato. A colega fundamentou, com base na sua pesquisa desenvolvida no mestrado, os impactos da reforma da previdência no serviço público. Explanou também sobre a trajetória da previdência social até chegarmos na PEC nº 287/2016.
Chamou bastante atenção dos presentes a redação do “Substitutivo A”, proposta do governo para substituir a redação originalmente apresentada na PEC. Há um engodo na diminuição dos 49 anos de contribuição para os 40 anos da proposta atual, pois o adicional de pontos percentuais para cada grupo de contribuição só passa a “valer a pena” a partir do 34º ano de contribuição, conforme quadro abaixo:
Ainda, vale lembrar que caso seja aprovada, você, trabalhador público vai:
– Se aposentar com no mínimo 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres),
– Precisar contribuir 25 anos, no mínimo, sendo 10 anos no serviço público e cinco no cargo em que for concedida a aposentadoria,
– Receber pensão por morte caso a soma das duas aposentadorias não ultrapasse dois salários mínimos,
– Receber no máximo R$ 5.645,80, que é o teto do Regime Geral da Previdência Social,
– Ter que contribui por 40 anos, no mínimo, para receber o benefício integral, mas esse valor não excederá o teto,
– Precisar de uma previdência complementar para agregar a perda salarial sofrida com a imposição do teto da previdência.
O material de apresentação você poder conferir clicando Aqui:
A jornada do SINJUSC continua no período da tarde, a partir das 13h, os trabalhadores do Judiciário se juntam aos outras categorias para uma aula pública sobre a reforma, no centro de Florianópolis, na Praça de Lutas (ao lado do antigo terminal). Após, às 16h, a agenda segue com marcha pela região Central. O SINJUSC chama os colegas para somar nesta Luta de TODAS AS CATEGORIAS. O momento é de resistir aos ataques do governo Temer contra os direitos dos trabalhadores. Esta resistência não vai ocorrer no ar condicionado. Só a Luta garante!
Confira a agenda das mobilizações pelo Estado:
No sul: ato a partir das 8h, em frente à agência do INSS, em Criciúma, e uma mobilização também acontecerá em Araranguá.
Em Blumenau: está sendo programado ato a partir das 15h, em frente a Prefeitura, onde seguirá com uma passeata até o INSS.
Em Chapecó: atos acontecerão durante toda a manhã para defender a previdência pública. A concentração será a partir das 7h, em frente a uma empresa sonegadora do INSS. Em seguida, às 9h, os militantes se encontrarão na Praça Coronel Bertaso, e às 11h o ato será nos Bancos Itaú e Bradesco. Além disso, nos dias 20 e 21 de fevereiro os trabalhadores do campo acamparão em frente ao INSS.
Meio-Oeste: também está organizada para defender os direitos dos trabalhadores. Lages fará um ato em frente ao prédio da previdência social, às 14h, e em Caçador uma mobilização acontecerá a partir das 9h, no Largo Caçanjure.
Em Florianópolis: o transporte coletivo ficará paralisado durante todo o dia 19. Os trabalhadores do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) também irão aderir à greve em defesa da aposentadoria. A partir das 9h, as centrais sindicais e entidades farão um arrastão no centro da capital para fechar o comércio e os bancos. Para finalizar o dia de lutas, um grande ato acontecerá a partir das 16h, na praça de lutas, com uma passeata até o INSS (com informações do Sinte).
