O deputado estadual Marcos Vieira (PSDB) fugiu duas vezes de perguntas sobre o Projeto de Lei 102.6/2017 na manhã desta quarta-feira (11/10). O PL possibilita aos trabalhadores do Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) requerer pagamento de férias e licença-prêmio não gozadas. Presidente da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa (Alesc), Vieira retirou e trancou o PL 102 em seu gabinete.
Nas duas vezes em que foi abordado, o deputado Vieira só teve uma resposta: “O Estado não aguenta mais!”. Na primeira vez, antes do início da sessão da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa, por volta de 8h40min da manhã desta terça, o deputado estava no corredor. Assim que ouviu a expressão PL 102, respondeu, deu as costas e deixou o jornalista falando sozinho. Na segunda vez, ele foi questionado ao fim da sessão, por volta de 10h40min. Deu a mesma resposta e teve a mesma atitude.
O deputado, nas duas oportunidades, sequer terminou uma frase, a única que conseguiu repetir, e fugiu das demais perguntas. Uma das perguntas que seria feita a ele é se conhece a realidade dos trabalhadores do Poder Judiciário e o tempo que boa parte leva para tirar férias ou licença.
Também estava na pauta de perguntas ao deputado do PSDB se quando ele afirma que o Estado não aguenta mais ele se referia, por exemplo, à renúncia fiscal de R$ 5,5 bilhões do Governo catarinense em 2017, deixando de cobrar impostos de empresários, entre outros. Como ele fugiu das perguntas, o povo fica sem respostas!
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No PJSC, é comum que trabalhadores acumulem várias férias, por conta da falta de pessoal para substituição. Hoje há vagos perto de 600 cargos, o que é quase 10% do total da força de trabalho efetiva.
O Sindicato continua na luta. Tirar férias é um direito de todos os trabalhadores. Se elas não podem ser gozadas, o Poder Judiciário tem a obrigação de pagar. O Sindicato convida a todos para participar da próxima sessão da Comissão de Finanças, na quarta-feira, 18/10, a partir das 9 horas.
Veja abaixo vídeo do momento em que o jornalista do SINJUSC aborda o parlamentar: