Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente por causa da depressão e da ansiedade, custando à economia mundial quase 1 trilhão de dólares. Os dados são do relatório “Diretrizes sobre Saúde Mental no Trabalho”, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em setembro de 2022, e confirmam a necessidade de se trazer o debate ainda mais à tona.
Para identificar e buscar uma saída coletiva para a questão do adoecimento mental das trabalhadoras e dos trabalhadores do judiciário catarinense, o SINJUSC convida todas e todos a participarem da retomada da Roda de Conversas Integrativas na próxima segunda (29/05), a partir das 19h30, de maneira online. Para participar basta preencher o formulário CLICANDO AQUI.
A Roda de Conversas Integrativas do SINJUSC é um espaço livre de censura e julgamentos que cumpre o papel de acolher as trabalhadoras e os trabalhadores do judiciário catarinense que estão passando por sofrimento mental.
BRASIL: UMA EM CADA TRÊS PESSOAS RELATARAM SINTOMAS RELACIONADOS A TRANSTORNOS MENTAIS
De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2022, 209.124 mil pessoas foram afastadas do trabalho por transtornos mentais, entre depressão, distúrbios emocionais e Alzheimer, enquanto em 2021 foram registrados 200.244 afastamentos.
Já o Relatório Anual do Estado Mental do Mundo, encomendado pela Sapien Labs, divulgado em março de 2023, mostra que o Brasil ocupou o terceiro pior índice de saúde mental em um ranking que contou com 64 países habilitados para a internet, ficando abaixo apenas da África do Sul e do Reino Unido. Segundo o estudo, 33,5% dos brasileiros, ou seja, uma a cada três pessoas, relataram diversos sintomas relacionados a transtornos mentais.
Apesar dos números não apontarem uma implicação direta com questões trabalhistas, o psicólogo e professor adjunto da Universidade Federal Fluminense (UFF), Bruno Chapadeiro Ribeiro, explica que o espaço laboral é um dos principais impulsionadores de problemas psicológicos.
“Eu tenho dito que é o trabalho que está doente e não as pessoas. Nossas formas de trabalhar hoje estão adoecidas e isso tem reverberado nas pessoas. A gente também não pode desconsiderar outras dimensões da vida, mas o trabalho é um elemento central. É onde a gente passa a maior parte dos nossos dias, semanas, da nossa vida, então não há como desconsiderar o fator trabalho como um determinante social importante da nossa saúde”, ressalta.
Trechos acima foram retirados de reportagem veiculada no site da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fiocruz. Para ler o material na íntegra CLIQUE AQUI.