Com frequência cada vez maior, governos e determinados setores das elites brasileiras têm atacando o funcionalismo público.
O Legislativo das diferentes esferas (Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais) também tem aprovado projetos que retiram direitos dos servidores, porque essa é uma estratégia para esvaziar os serviços públicos.
Sucatear áreas como Saúde, Educação, Segurança, saneamento e inúmeras outras é uma estratégia para tentar convencer a população de que a saída seria transferir esses serviços para a iniciativa privada.
Junto a isso, essas mesmas elites patrocinam uma campanha permanente de difamação contra aqueles que trabalham para atender as necessidades da sociedade, especialmente das pessoas mais vulneráveis ou socialmente fragilizadas.
Quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, chama o servidor de “parasita” e diz que o funcionário concursado é “privilegiado”, está tentando jogar a opinião pública contra aqueles que trabalham justamente para atender as demandas da população.
Você já reparou que setores da mídia tradicional também reproduzem com bastante frequência o discurso contra o funcionalismo, tentando fazer com que a população acredite que há apenas aspectos negativos na atuação de funcionários públicos?
A quem interessa esse discurso?
O preconceito é plantado por aqueles que detêm o poder econômico, e por quem trabalha para eles (como certos agrupamentos radicais que se destacaram nos últimos anos).
As elites que representam escolas e hospitais particulares, por exemplo, não querem a população usufruindo serviços públicos e eficientes setores. Desejam que todos paguem (muito) para adquirir os produtos ou serviços oferecidos por eles.
No geral, o objetivo dessas elites é retirar direitos do povo e fazer com que o Estado destine recursos cada vez mais recursos à iniciativa privada (que não tem compromisso social e visa apenas o lucro).
Servidor público não é privilegiado!
Servidor concursado não é privilegiado, é alguém que assume uma função com objetivo de servir à sociedade. Antes da Constituição de 1988, os cargos eram ocupados por meio de indicações. Entretanto, a legislação inovou democratizando o ingresso no serviço público por meio de concursos públicos. Com isso, todos concorrem sob as mesmas condições e os profissionais mais qualificados são selecionados sem que seja levado em consideração suas opiniões políticas, filosóficas ou mesmo religiosas.
A estabilidade dos servidores impede demissões injustas e garante que não haja mudanças no padrão de atendimento público a cada troca de gestão. Também prevê que esses profissionais possam cumprir com os seus deveres sem sofrer a pressão política de governantes, inclusive protegendo a população contra a corrupção.
O tal privilégio que os governantes neoliberais acusam no funcionalismo público é inexistente. A realidade é bem mais complicada: os servidores não têm direito ao FGTS, contribuem muito mais com a Previdência (e a maioria precisa continuar contribuindo mesmo depois da aposentadoria), não possuem reajustes salariais anuais (algumas categorias Brasil afora estão há seis anos sem reposição inflacionária) e correm risco a todo momento de terem direitos reduzidos (o que acontece com muito mais dificuldade para trabalhadores da iniciativa privada).
Não se deixe enganar pelo preconceito. Defender serviços públicos universais passa pela valorização dos nossos servidores, pois sem eles, o povo será menos atendido e sofrerá com o abandono social.
Defenda aquilo que é público, porque é para todos.
Exemplo disso estamos assistindo na Capital, precisamos manifestar nosso apoio, o Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville fez uma vaquinha pra contribuir com o fundo de greve dos trabalhadores da COMCAP, é uma vergonha o que estamos assistindo nessa passagem de boiada com o aval do TJSC
Exatamente.Muito esclarecedor este texto.
Eles querem acabar com serviço público para colocat os ” seus” amigos no cargo. Isso é a nossa elite.