Enquanto déficit de trabalhadores no judiciário de Santa Catarina é de aproximadamente 600 cargos, após nove meses do anunciado e três anos depois do último certame, administração do Tribunal anuncia que irá fazer concurso público para apenas 26 vagas. O número publicado na sexta-feira passada (01/12) no Diário de Justiça está muito aquém do que o SINJUSC cobra para reposição. Sem expectativa de quando esses novos trabalhadores serão nomeados, e contabilizando os aprovados em 2011 e 2014 ainda não nomeados, a atual força de trabalho segue sobrecarregada pelas métricas de produtividade aplicadas pelo TJ e “condecoradas” pelo CNJ.
As vagas anunciadas de nível médio e superior são para analista administrativo, analista jurídico, oficial de justiça e avaliador, oficial da infância e juventude, arquiteto, engenheiro eletricista, engenheiro civil, enfermeiro e técnico judiciário auxiliar, sendo que a nomeação “observará a disponibilidade orçamentária e financeira do Poder Judiciário”.
A julgar pelas nomeações de 2011 e 2014, o que se desenha é morosidade nesse novo concurso. Enquanto isso, ano a ano, aproximadamente 100 novas vagas precisam ser repostas, mas a vontade do Tribunal em recompô-las não condiz com a necessária valorização do trabalhador, atualmente deficitária.
Para o SINJUSC é de suma importância a nomeação de pelo menos 50% dos cargos vagos, sobretudo os de técnicos e analistas, maioria no quadro de pessoal, e já estão defasados faz pelo menos cinco anos. Agora, com a escolha do novo presidente do TJSC a Direção continuará o diálogo iniciado com o Presidente, para avançar nesta questão.
O que queremos?
Nomeação dos aprovados nos concursos de 2011 e 2014,
Provimento de no mínimo 300 cargos para o novo edital,
Que as vagas sejam destinadas, sobretudo para os cargos de técnicos e analistas.
Como faremos?
Com muita Luta, negociação e unidade da categoria. Este ano de 2017 mostrou que com unidade é possível sim, avançar. As mobilizações do primeiro semestre chancelam isso: atrasados da data-base 2016, recomposição de 2017, pagamentos das promoções atrasadas, restituições da Greve/2015, aumento de R$ 300,00 no auxílio-alimentação, reajuste do auxílio médico-social. O ano de 2018 bate à nossa porta e exigirá muita força e resistência de todos, e um sindicato forte para atuar e negociar é feito com uma base unidade e engajada.
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