Carta do Encontro das Mulheres do Judiciário chama diálogo e defesa da democracia

As mulheres trabalhadoras do Poder Judiciário que participaram do 2° Encontro em Florianópolis lançaram uma Carta em que defendem princípios democráticos, o fim de reformas que retiraram direitos de trabalhadoras e trabalhadores, e denunciam o discurso violento nas eleições de 2018.

O documento chama a atenção para o momento da vida brasileira em que junto com a luta contra as propostas de retirada e redução de direitos, mulheres e homens precisam lutar contra o fascismo e propostas que excluem minorias e penalizam os mais pobres. Ao final, a Carta conclama a todos e todas para juntarem forças para trazer de volta direitos retirados, manter os que estão sob ameaça e contra o discurso de ódio e discriminação.

 

Leia a Carta abaixo

CARTA DAS MULHERES TRABALHADORAS DO JUDICIÁRIO

Nós, mulheres trabalhadoras do Poder Judiciário de Santa Catarina, reunidas em Florianópolis para o 2º Encontro de Mulheres, refletimos, dialogamos e debatemos questões atinentes às mulheres inseridas no preocupante contexto político que vive o Brasil com a retirada de direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora. Veja aqui sobre o Encontro

A reforma trabalhista, autorização de terceirização para atividades fins, a aprovação da emenda constitucional n. 55, que congelou gastos em investimentos públicos por 20 anos nas áreas essenciais para o povo, como saúde, educação, são alguns dos principais retrocessos que tivemos.

Não bastasse isso, estamos vivenciando, em nosso país, um momento em que a intolerância e o ódio têm estado nas palavras e ações de muitos.

O que mais que nos preocupa é que este discurso e prática estão sendo incentivados por um candidato a presidente da República, que trata de maneira desrespeitosa e desumana mulheres, negros, indígenas e homossexuais. Ele também afirma que os trabalhadores tem que escolher entre ter emprego ou ter direito. Também nega a existência de ditadura militar no Brasil e entende a tortura como método de investigação válido.

As mulheres reunidas no 2º Encontro solicitam que o Sindicato informe a categoria sobre os votos dado nas matérias que retiraram nossos direitos, por cada deputado estadual, federal e senador que agora se colocam como candidato a algum cargo eletivo.

O momento exige coragem e posição. O silêncio ajuda na perpetuação do machismo, racismo e homofobia. Somos mulheres, mães, irmãs, avós, filhas, trabalhadoras e venceremos o fascismo para vivermos num país onde caibam todas e todos.

Por tudo isso, e diante deste cenário, repudiamos veementemente estas ações e princípios e conclamamos todas e todos para que se unam na defesa da democracia e contra a violência.

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