A diretora Ângela Daltoé Tregnago veste a camiseta oficial da 35ª edição dos Jogos do Judiciário.

Campanha antirracista dos Jogos do Judiciário abre debate sobre vídeo de comemoração de atletas argentinos

Um dos assuntos mais comentados da semana em todo o mundo é o vídeo de jogadores da seleção argentina de futebol cantando uma música que contém termos racistas durante comemoração do título da Copa América na segunda, dia 15 de julho, nos Estados Unidos. Episódios racistas ligados ao futebol profissional se tornaram comuns apesar da repercussão internacional que diversos meios de comunicação têm dado a esse tipo de notícia.

Muito antes da atitude da seleção argentina no início da semana, a diretoria do SINJUSC já havia decidido fazer uma campanha contra o racismo durante a realização da 35ª edição dos Jogos do Judiciário, que acontece de 18 a 20 de julho, em Criciúma, ao sul do Estado de Santa Catarina. As camisas que serão distribuídas para cerca de 200 atletas inscritos nas competições trazem no ombro a frase: “diga não ao racismo”.

Além disso, faixas onde se lê a citação da intelectual e militante Ângela Davis “não basta não ser racista, é necessário ser antirracista” também foram espalhadas pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) que sediará a maioria das competições do Jogos do Judiciário 2024. A diretoria do SINJUSC conta hoje com 7 pessoas liberadas para trabalhar exclusivamente para a categoria, duas delas são negras.

De acordo com a secretária-geral do SINJUSC, Ellen Caroline Pereira, “o esporte é um espaço de ascensão e reconhecimento de pessoas negras e uma parcela grande da sociedade não aceita ver o sucesso de gente preta. Nesse sentido, o grande número de casos de racismo ligados ao esporte evidencia o racismo estrutural da sociedade”.

“O racismo no futebol acaba ganhando grande destaque porque o futebol é uma paixão internacional, um espaço de visibilidade. Mas o racismo não está só no esporte, está na escola, está no trabalho, na vida cotidiana. Daí a importância da nossa campanha durante os Jogos, mas também da articulação do Coletivo de Negras e Negros do Judiciário Catarinense” – acrescentou Samuel Santos Silva, diretor jurídico do SINJUSC.

Para participar do Coletivo de Negras e Negros do Judiciário Catarinense basta enviar uma mensagem demonstrando interesse para o Conecte SINJUSC – número de WhatsApp do SINJUSC.

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