“Claro que há luta de classes, e é a minha classe, a dos ricos, que está lutando, e estamos vencendo”, Warren Buffett, bilionário americano.
A frase foi sublinhada pelo presidente do SINJUSC, Neto Puerta, em audiência realizada neste ano, na Fiesc, para debater a reforma administrativa (PEC 32), que visa acabar com o serviço público: por muitos motivos apontados nesse site. Releia aqui.
“Sim, existe uma luta de classes, cujo interesses são distintos entre quem vive do trabalho e quem detém os meios de produção. E isso é secular e estrutura todo o sistema de metabolismo social pautado no capital, o qual estamos inseridos”, explica Neto.
O dirigente relacionou o assunto as profundas mudanças que a PEC 32 trará à população, sobretudo aos mais vulneráveis que necessitam que o serviço público seja gratuito e de qualidade.
A reflexão sobre isso é: Que tipo de sociedade queremos construir?
Na audiência, Neto expôs dados do IBGE sobre os desempregados, elevação do índice de pobreza, ociosidade de alguns setores da economia e relacionou os números ao desemparado que esses milhões de brasileiros sofrerão com a reforma administrativa.
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“Tem um número elevado de pessoas, que por ações equivocadas do governo, precisam justamente do amparo e proteção do Estado. Sob pena dessas pessoas subsistirem na miséria. Ou nós criamos mecanismos para amparar ou a gente assiste a desgraça acontecer na nossa frente, nas esquinas das nossas casas”, provocou.
Em um retrato social como o exposto pelo presidente do SINJUSC no evento da FIESC (que defende a PEC 32), os serviços sociais precisam ser melhorados e ampliados. “Pois é por meio deles, que os milhões de desempregados poderão levar seus filhos à escola, ao médico ou para brincarem em espaços públicos. Isso ocorre pelo acesso ao serviço público e não pela iniciativa privada“, destacou.
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Literalmente, o serviço público é patrimônio de quem não tem patrimônio!
Neto voltou a provocar os defensores da reforma, sendo imperativo na necessidade de fortalecer o serviço público e não o sucatear: “se a gente busca uma sociedade minimamente justa, não se pode negar uma prestação básica para a vida digna das pessoas. E nós estamos falando do mínimo adequado e razoável. Essa PEC 32 retira exatamente o mínimo das pessoas. E essa é a nossa preocupação, a defesa do serviço público!”.
Após apresentar dados do serviço público, Neto finalizou a argumentação e reprisou a pergunta do início de sua fala: “que tipo de sociedade queremos construir: aquela que ampara e protege as pessoas que mais precisam ou uma sociedade que abandona as pessoas à própria sorte em uma lógica meritocrática totalmente sem sentido, diante da realidade social brasileira”.
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OUTRAS AUDIÊNCIAS PELO ESTADO
O SINJUSC vem realizando diversas audiências pelo Estado, levando o debate aos municípios, que serão profundamente afetados pelas mudanças da reforma: servidores municipais compõem maioria na relação total do funcionalismo público, e com corte de salário previsto no projeto, o poder de compra se retraia e impacta, também, o comércio local. Debates ocorreram em Joinville, Concórdia, Araranguá e Lages. A Câmara municipal de Chapecó negou o debate.
É HORA DE MOBILIZAR CONTRA A PEC 32!
O SINJUSC conclama os servidores e servidoras a remeter mensagens aos deputados e deputadas Federais de SC. Acesse o banner “Na Pressão contra a PEC 32”, e envie sua mensagem!
Daí que se vê a importância da classe trabalhadora falar em socialismo e AGIR concretamente para superar o capitalismo.