Em primeiro lugar, de maneira bastante prática, porque a maioria das pessoas que trabalha no judiciário são mulheres, sendo que grande parte delas divide casa e filhos com seus companheiros. E elas estão bastante cansadas.
Isso porque, também na sua maioria, elas são responsáveis pelo planejamento e execução das atividades domésticas e cuidado com os filhos.
Ou seja, precisamos falar sobre masculinidade, pois a maioria das mulheres sofre uma grande sobrecarga em suas jornadas diárias, pois a “ajuda” oferecida pelos homens, de regra, são insuficientes ou, pior, às vezes trazem mais peso.
Em segundo lugar, também de maneira prática e objetiva, homens precisam falar sobre masculinidades porque não cabem às mulheres “ensinar” ou “mostrar/desenhar” como seus companheiros como devem agir. Como dito acima, e importante repetir, “ajudar em casa” secando a louça ou até mesmo limpando a casa, não tira da mulher a responsabilidade primária dos afazeres. Este peso precisa ser equalizado.
Em terceiro lugar, falar sobre masculinidades não se trata de “dicas sobre como ser um marido melhor”. Não se trata de julgamento ou palestra sobre o assunto. Os homens precisam falar sobre este assunto também, já que falam sobre todo o tipo de coisa, inclusive por conta do que os estudiosos chamam de “privilégio de gênero”.
Homens tem voz, mas também precisam ouvir. E ouvir uns aos outros sobre um assunto tão importante como o cuidado com a companheira, casa e filhos é fundamental para um evolução pessoal e, por consequência, da própria relação.
Homens, vamos conversar?