As primeiras divulgações de dados econômicos de Santa Catarina apontam para um 2018 de muita luta para todos os trabalhadores públicos. Isto porque por mais que aumente a arrecadação (e os dados tem demonstrado isto), a Lei do Teto proíbe reajustes acima da inflação do ano anterior. Os índices de inflação estão sendo mantidos baixos. Isto deve impor, para os trabalhadores públicos, reajustes mínimos nas datas-base e folgas consideráveis nos cofres do Estado.
O jornal Diário Catarinense divulgou na sua edição de segunda-feira (08/01) que a arrecadação do Governo de Santa Catarina cresceu 9% em 2017, diante de uma inflação estimada de 2,83%, e prevê um crescimento na arrecadação perto de 7,8% em 2018, para uma inflação de 3,95%. Mesmo que o Tribunal de Justiça tenha maiores repasses de duodécimo, como irá acontecer, aos trabalhadores somente caberia a reposição da inflação nos salários pela regra em vigor.
Assim como em 2017 o problema da administração do Tribunal não foi de caixa, tanto que pagou a venda de férias e licenças-prêmio atrasadas no final de dezembro, em 2018 também haverá recursos disponíveis para que o Poder Judiciário possa, por exemplo, resolver de vez os casos de disfunção, ou o pagamento pelo uso de veículo próprio pelos oficiais de justiça, e até para iniciar o processo de discussão e implemente um Plano de Cargos de Salários que contemple os trabalhadores (as folgas orçamentárias e o crescimento da arrecadação apontam isto).
Em 2018, a luta dos trabalhadores do Poder Judiciário de Santa Catarina começa por realizar uma boa discussão sobre a data-base, o reajuste de salário e os demais ganhos que podem ser incrementados aos vencimentos diante de uma recomposição de salário achatada pela Lei do Teto. Se em 2017 muito foi feito e conquistado, em 2018 mais energia, esforço, negociação e luta serão necessários.
Para alcançar as melhorias que os trabalhadores querem, o SINJUSC reafirma que é preciso união, pois só assim os trabalhadores terão vez e voz em suas reivindicações.