Em 1970 o psicanalista Herbert Freudenberger já havia se autodiagnosticado com uma síndrome relacionada à fadiga e à exaustão. Denominou-a como Síndrome de Burnout. O termo em inglês indica esgotamento e está associado a um estado de estresse crônico elevado misturado à depressão.
Após cinquenta anos esta realidade vem se agravando e permeia todos os níveis profissionais. No judiciário há dezenas, ou milhares, de casos não diagnosticados. Na pesquisa de saúde, realizada neste ano pelo SINJUSC e pela FENAJUD, identificou que o trabalho no judiciário adoece as pessoas. O que mais podemos perceber no dia a dia do judiciário são pessoas desanimadas, nitidamente esgotadas mentalmente e fisicamente, devido às altas demandas de trabalho em seus setores. Essa exaustão da força emocional ou física é resultado de um estresse prolongado ou frustração, normalmente relacionado ao trabalho.
Em 2022 a Síndrome de Burnout será oficialmente classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um sintoma crônico. É a primeira vez que o esgotamento profissional entra na lista da OMS.
Atuação
O SINJUSC vem atuando ao lado da Federação em busca de condições melhores às atividades laborais, para que os(as) trabalhadores(as) não paguem com a saúde física nem mental. De acordo com levantamentos feitos na pesquisa de saúde, divulgada neste mês pela FENAJUD, foi constatado que é urgente a implementação de melhorias nas condições de trabalho dos servidores, rever metas atingíveis de produtividade e preservar a quantidade de trabalho para não prejudicar a condição de saúde de todos.
Os dados oficiais da Pesquisa de Saúde no Judiciário serão apresentados nesta quarta-feira, dia 26/06, em reunião do Comitê Nacional em Brasília, assim como no II Seminário Nacional de Saúde, dias 4 e 5 de setembro.