O documento produzido pelo Banco Mundial a pedido do governo brasileiro pretende, mais uma vez, colocar toda a culpa de um sistema econômico errático nas costas do trabalhador. Privatização das universidades e de todo o ensino público, redução dos valores dos salários dos trabalhadores públicos e fim da previdência pública são as soluções apontadas no documento. É hora de enfrentar novamente a política neoliberal que busca destruir as garantias constitucionais.
Afirma o documento: “A remuneração dos servidores estaduais também é muito alta e, na média, é mais de 30% superior àquela oferecida a trabalhadores equivalentes no setor privado. Em termos relativos, o hiato salarial aparenta ser particularmente amplo nos poderes Judiciário e Legislativo, bem como nas ocupações de menor qualificação do Executivo.” Ou seja, o documento afirma categoricamente que “os dados disponíveis já são suficientes para recomendar a suspensão de reajustes nas remunerações do funcionalismo no curto prazo”.
Contudo, além de promover o arrocho salarial aos trabalhadores públicos, com afirmação de que o “salário é muito alto”, o próprio documento emitido pelo Banco Mundial reconhece que o tamanho do quadro do “funcionalismo público brasileiro não seja grande para padrões internacionais”, ou seja, o próprio Banco Mundial não consegue afirmar que o Estado brasileiro é grande, mas ainda assim afirma a necessidade de privatizações.
Os trabalhadores precisam conhecer, destrinchar e estudar o documento emitido pelo Banco Mundial com a finalidade de enfrentar aquilo que se quer fazer com a sociedade brasileira e com o nosso país. Pagar a conta, mais uma vez, pela falta de distribuição de renda não é solução para a classe trabalhadora, é necessário barrar as reformas (na verdade contrarreformas) e seguir pela construção de um país mais justo socialmente.
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