Nesta quinta, 10 de agosto, a administração do TJSC impediu a entrada de cerca de 200 aposentadas, aposentados e pensionistas do próprio judiciário no edifício sede da Justiça Estadual. O grupo queria fazer uma manifestação pacífica, pela equiparação do auxílio médico-social, nas escadarias do Tribunal, em Florianópolis.
A entrada de pessoas com idades que variam entre 60 e 90 anos na parte externa do edifício foi tratada como um risco para o Tribunal. Diante da impossibilidade de acessar o local de trabalho, após mais de 30 anos de serviço, muitos presentes ficaram indignados e houve até quem não conseguiu conter as lágrimas.
O aposentado Alcebir Dal Pizzol disse que estava “envergonhado” e se emocionou ao declarar que “vestiu a camisa do Tribunal por décadas para agora ser proibido de entrar”. A aposentada e diretora do SINJUSC, Shirlei Daltoé Berger, não escondeu a frustração de quem viajou “14 horas de ônibus para dar com a cara na porta”.
Para a presidenta do SINJUSC, Carolina Rodrigues Costa, “a atitude da administração prova que nenhuma das nossas conquistas foi dada de mão beijada. Todos os direitos que a gente tem, conquistamos na força da mobilização e a negativa do Tribunal em nos receber causa uma indignação que nós vamos usar para alimentar ainda mais a nossa disposição para a luta”.
COMISSÃO PROTOCOLOU CARTA DE FLORIANÓPOLIS
Após negar a entrada do grupo como um todo, a administração permitiu que 5 representantes fossem até a Presidência para protocolar a Carta de Florianópolis, documento com as reivindicações de aposentadas, aposentados e pensionistas do judiciário catarinense.
A Carta foi construída durante o 17º Encontro da Experiência realizado nos dias 8, 9 e 10 de agosto em Canasvieiras, Florianópolis, e traz como principal reivindicação a equiparação do auxílio médico-social ao auxílio-alimentação.
Além da equiparação, o documento solicita a extensão do auxílio-saúde para quem tem SC Saúde e o apoio institucional do Tribunal para a revogação dos 14% e para a recuperação salarial dos sem paridade por meio de ganho real.
essas atidudes só deve fazer a luta aumentar……..luta sem tregua .pela equiparação do medico social, pela revogação dos 14%, pois SP e AL ja revogaram, e pelas demais pautas……..
Eu não estava presente mas ao ler a matéria e depoimentos meus olhos ficaram marejados de tristeza..
A justiça injustiçando seus próprios colaboradores. Somos OBJETOS DESCARTÁVEIS, quando, depois de nos doarmos, adoecemos por conta de tanto estresse e da idade avançada. Lamento profundamente por essa atitude tão hinóspita, por um órgão que deveria praticar A JUSTIÇA.
Realmente uma vergonha e desrespeito ao ser humano
Lamentável e triste estou me mudando pra floripa nesta semana e sou aposentado
Acho engraçado o romantismo de vocês, é óbvio que somos objetos descartáveis, caiam na real, na vida ninguém é insubstituível…
Caro Manoel, não assuma o discurso de quem oprime a classe trabalhadora. As aposentadas e os aposentados não são descartáveis, somos todos seres humanos e precisamos ser respeitados nos nossos direitos. No mais, é luta para garanti-los! Vem com a gente!