Andes-SN, Fasubra e Sinasefe, entidades que representam técnicos e a maioria dos docentes de escolas e universidades federais, mantêm greve e apresentam contraproposta ao Governo. Entre as reivindicações estão reajuste ainda em 2024, modificações na progressão funcional, incentivo à qualificação, recomposição orçamentária das instituições e outras medidas sem impacto financeiro.
Em Santa Catarina, a greve iniciada entre técnicos no dia 11 de março ganhou adesão dos docentes e foi mantida na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
O Governo segue oferecendo 0% em 2024, 9% em 2025 e 5% em 2026 para os técnicos e chegou a assinar acordo com o Proifes, entidade que representa parcela minoritária de docentes, no dia 27 de maio, com 0% em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026.
Ainda assim, o Governo vai receber as entidades que representam docentes no próximo dia 3 de junho para tentar um consenso. Já os técnicos querem 4% em 2024, 9% em 2025 e 9% em 2026, mas aguardam marcação de negociação específica para meados de junho.
Elenira Vilela do Sinasefe, entidade dos técnicos e docentes do ensino básico, técnico e tecnológico federal, entende que “o Governo está tentando dividir o movimento, mas não vai conseguir porque o Proifes representa uma parcela pequena dos docentes que aderiram à greve”.
Já Giana Laikovski, coordenadora-geral do Sintufsc, sindicato dos técnicos da UFSC, “o Proifes assinou o acordo contrariando aquilo que foi aprovado na maioria das universidades que são representadas pelo Andes-SN e inclusive contrariando algumas de suas próprias bases que rechaçaram a proposta e continuam em greve”.
Para Alexandre Fassina do Sindtae-UFFS, organização dos técnicos da UFFS, “entramos nessa greve por 34% de reposição da inflação perdida nos governos Temer e Bolsonaro. Somando os 9% de 2023 à nossa nova proposta, dá 31% em quatro anos, mas a inflação já terá comido 10% só nos dois primeiros anos”.
A educação e o direito dos trabalhadores tratados de forma tão rasa.
O “teto de gasto”, ou atualmente o “calabouço fiscal”, serve a isso.
À educação e ao direito dos trabalhadores sempre há empecilhos de ordem financeira; aos banqueiros não. Estes recebem tudo e mais um pouco do orçamento público.
Que fazer, então?
Verdade Carlos. Precisamos estar sempre denunciando e lutando! Os juros e amortização da dívida pública pagos pelo Governo aos banqueiros levaram 43,23% do orçamento federal em 2023, foram quase R$ 2 trilhões. Imagine a quantidade de problemas que poderiam ser resolvidos com essa grana!
O que essa pauta tem a ver com o TJ!? Podem me informar!? Lutem mais pelo servidor e menos campanha partidária!!!
A luta do serviço público e da classe trabalhadora como um todo tem tudo a ver com a luta no TJSC. A narrativa de desinvestimento que causou o achatamento dos salários na Educação Federal é a mesma que alimenta o discurso de que quem trabalha no serviço público é privilegiado. É preciso combater essa ideia para valorizar o trabalho no setor público como um todo. Essa é uma questão estratégica.
O IFC, catarinense como os demais citados, também está com força no movimento paredista!
Puxa, que decepção com esse governo. Votei em Lula esperando por mudanças…